A Lei Seca completou 14 anos. É rigorosa, mas não ao ponto de zerar todas as ocorrências, conforme nós apuramos em entrevista com a Associação Mineira de Medicina do Tráfego.

De janeiro a maio de 2022 a Polícia Rodoviária Federal (PRF) autuou 7.477 motoristas por dirigirem sob o efeito de álcool.

Isso significa que, a cada meia hora, um condutor alcoolizado foi retirado de circulação nas rodovias federais brasileiras.

Segundo dados fornecidos pela PRF outros 19.093 motoristas também foram impedidos de dirigir por se recusarem a fazer o teste do bafômetro.

Daí se vê a importância da fiscalização, segundo o diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra.

“A fiscalização é a principal arma que as autoridades de trânsito têm para salvar vidas. A retirada de circulação desse infrator evita sinistros, ferimentos e mortes, e contribui para a segurança de todos. É por isso que as entidades que atuam pela segurança viária insistem tanto no reforço da fiscalização”, afirma Coimbra.

Na avaliação do médico, uma solução melhor ainda seria a rápida entrada em vigor dos drogômetros.

“A Lei Seca tornou-se indispensável para a segurança de todos e podemos afirmar que o número de vidas salvas é muito maior que o divulgado por causa também dos efeitos indiretos da conscientização e/ou intimidação pelo rigor da lei. A sociedade abraçou a causa e agora o desafio é tornar ainda mais dura a vida daqueles que bebem ou usam drogas e insistem em dirigir. Uma das medidas que devem ser adotadas é a implantação dos drogômetros, fundamental para evitar que o motorista migre do consumo de álcool para outras drogas quando for dirigir”, diz Coimbra.

 
 
 
 

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