Desde o domingo a noite, após o anúncio de mais uma tentativa de acordo com o governo, diversos caminhoneiros começaram a demonstrar intenção de abandonar os pontos de mobilização e voltar ao trabalho. Porém, a maioria deles foi impedido de deixar o movimento. As polícias rodoviárias e a Força Nacional passaram então a fazer escolta de caminhões.
Para pedir ajuda para deixar os bloqueios, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) passou a pedir que motoristas ligassem para o número 191, indicassem a placa do caminhão e a localização mais exata possível de onde estavam. Funcionou pra muita gente, mas a demanda era grande demais e a PRF não dava conta.
Os pedidos vieram de vários estados. Só no Mato Grosso, a polícia informou que 500 caminhões queriam sair das mobilizações. A polícia conseguiu escoltar em torno de 60 na terça-feira. Em muitos casos, para evitar a saída, caminhões tinham seus pneus murchados.
Na Rodovia Régis Bittencourt, a situação foi um pouco mais tensa. A PRF identificou ameaças inclusive a integridade física de motoristas que queriam seguir viagem. Ao longo da manhã da terça-feira, a PRF fez em torno de 70 escoltas. Entretanto, por volta do meio-dia, tanto caminhoneiros escoltados quanto as próprias viatura da PRF foram atacadas com pedradas.
Como a polícia não achou plausível revidar com arma de fogo, que é a ferramenta que ela dispõe, achou-se melhor suspender as escoltas e formar um novo plano para a quarta-feira. Não se sabe quem foram os responsáveis pelo ato.
Segundo a PRF paulista, nas outras rodovias do estado as escoltas funcionaram pacificamente. Nesta quarta-feira, o plano para a Régis deve ser reforçado e a polícia pretende fazer todas as escoltas requisitadas.
Por Paula Toco