Quem disse que não existe um superpesado elétrico? Disse bobagem. Afinal existe, sim, e não apenas um, mas uma frota gigante. A audácia partiu da mineradora australiana de minério de ferro Fortescue.
Quem disse que não existe um superpesado elétrico?
Para criar a frota eletrificada, a companhia recebeu do governo mais de 10 milhões de dólares australianos (cerca de 40 milhões de Reais) para desenvolver os carregadores para os superpesados elétricos mais potentes do mundo.
Com o investimento em mãos, a empresa australiana anunciou um acordo com a Liebherr para a compra de 360 caminhões superpesados elétricos, três vezes a mais dos 120 planejados.
Caminhões superpesados elétricos entram em ação
Além dos 360 caminhões, Liebherr também adquiriu 55 escavadeiras e 60 tratores, todos com propulsor elétrico.
A aquisição só foi possível graças ao desenvolvimento em conjunto com a Liebherr do primeiro carregador mundial com motor a hidrogênio.
Carregando os superpesados elétricos
Isso mesmo, o carregador dos superpesados elétricos tem 6 megawatts (MW). Ele também tem automação para ser conectado de forma autônoma aos caminhões.
Ele tem quase o dobro da potência máxima anunciada em comparação ao MCS e atingirá 3,75 MW de potência máxima nos próximos anos.
Qual a capacidade dos carregadores dos superpesados
Os Liebherr T 264 elétricos de 240 toneladas têm capacidade de bateria de 1,9 MWh, equivalente à capacidade de trinta e um carros elétricos como o Tesla Modelo 3.
Com os carregadores de 6 MW, a Fortescue diz que você poderá carregá-los em cerca de meia hora.
Este é o maior caminhão de mineração elétrico do mundo e é surpreendentemente eficiente. Para o futuro, a Fortescue planeja implantar cerca de 250 carregadores rápidos de diferentes potências em suas minas até 2030.
Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha como repórter e editor no Portal Pé na Estrada.