No início de setembro a montadora de caminhões TatraBras, subsidiária da Tatra Trucks, oficializou investimento de R$ 102 milhões até 2026 em uma planta em Ponta Grossa (PR), na região dos Campos Gerais.
A transferência de tecnologia, instalação da fábrica e início efetivo da produção estão previstos para fevereiro de 2021.
Leia também: Malha Paulista e Norte-Sul têm pagamento antecipado de R$ 5,1 bi
A TatraBras vai produzir em Ponta Grossa veículos off-road para solos difíceis nas categorias 6×6 e 8×8, voltados para os setores de mineração, produção florestal e sucroalcooleiro. A empresa deve desenvolver, ainda, veículos pesados para as áreas militares e de defesa. A produção atenderá o mercado brasileiro, sul-americano e a África, e a expectativa de volume de negócios deve ultrapassar R$ 500 milhões nos próximos anos.
Produção
Essa será a primeira planta da montadora no Brasil. O barracão de seis mil metros quadrados que abrigará a multinacional começou a ser construído há aproximadamente um ano e fica no distrito industrial de Ponta Grossa, às margens da BR 376. Num segundo momento ela também terá uma pista de teste para os veículos no município.
Inicialmente a produção utilizará o sistema CKD (somente montagem no Paraná), mas os últimos meses de 2020 já serão utilizados para estruturar o início do ciclo de investimentos da empresa nesta planta para produzir veículos a partir de partes, motores, componentes e acessórios fabricados ou fornecidos por empresas brasileiras, especialmente paranaenses. A planta terá capacidade para produzir 225 caminhões por ano a partir de 2022 e até 800 caminhões/ano depois de 2025.
Boa parte dos componentes dos caminhões deve ser adquirida da DAF de Ponta Grossa, que pertence ao grupo PACCAR, com quem o CSG Aerospace tem uma parceria na Europa. Muitas peças utilizadas pelos caminhões e veículos da Tatra no exterior são provenientes da DAF, como os motores, cabines, conjuntos ópticos, entre outros itens.
“Fizemos uma pesquisa muito forte de concorrência antes desse investimento”, explicou Rui Lemes, presidente da empresa. “Nossos caminhões não são exatamente iguais aos on road fabricados no País. Eles são off-road, o diferencial é a flexibilidade dos eixos. Existe essa lacuna no mercado”.
Adaptado de Agência de Notícias do Paraná