O transporte de cargas nas ferrovias nacionais cresceu 30,1% na comparação de março de 2021 com o mesmo período do ano passado. A informação é da Associação Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTF), que representa as concessionárias ferroviárias brasileiras, com exceção da Ferroeste.
De acordo com a associação, as ferrovias do país foram responsáveis pelo transporte, neste ano, de mais de 15% do volume total registrado em 2020. Na comparação entre março de 2021 e março de 2020, o maior crescimento ocorreu no total de toneladas transportadas em granéis agrícolas, combustíveis e granéis minerais.
Para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), as ferrovias brasileiras têm contribuído com o escoamento da safra agrícola, tornando-se alternativa de menor custo logístico, sobretudo para grandes distâncias.
O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, avaliou o momento do transporte de cargas nas ferrovias do país: “Temos uma revolução ferroviária em curso. O governo tem investido para melhorar a infraestrutura logística ao agronegócio e vivenciaremos um ‘boom’ ferroviário no país, que vai ajudar a agilizar e baratear o escoamento da produção das diversas cadeias do setor”.
Os desempenhos mais expressivos em março para a produção de transporte, em comparação ao mês anterior, foram de soja e farelo (51%), produtos siderúrgicos (14%), combustíveis (9%) e minério de ferro (3,7%), além de açúcar e celulose (3% para ambos). O transporte do carvão mineral, contudo, sofreu baixa de 7%.
O balanço da Associação Nacional de Transportes Ferroviários registra ainda que a produção de transporte de carga geral do país teve alta de 41,2% em março deste ano, quando comparado ao mesmo mês de 2020.
Concessões garantem investimentos nas ferrovias
Segundo a ANTT, em pouco mais de dois anos, o Ministério da Infraestrutura já assegurou mais de R$ 31 bilhões de investimentos contratados para as ferrovias nacionais. O valor foi alcançado em abril, após o leilão do trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).
De acordo com o órgão, a meta, agora, é avançar nas obras dos trechos 2 e 3 da Fiol, e na implementação da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), além de dar andamento à concessão da Ferrogrão (EF-170), em trecho com mais de 900 km de extensão, entre o município de Sinop (MG) e o Porto de Miritituba (PA).
Falamos sobre infraestrutura dos transportes e sobre a previsão dos próximos leilões do governo para repassar concessões à iniciativa privada, inclusive os trechos 2 e 3 da Fiol. Para ver essa matéria, basta clicar aqui.
No setor de minério de ferro, contribuíram de forma significativa para a alta do mês de março as concessões da Vale na Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da MRS Logística.
Já o bom desempenho do setor de granéis agrícolas se deve em grande parte às concessões da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), Rumo Malha Norte (RMN), Rumo Malha Paulista (RMP) e Rumo Malha Sul (RMS), bem como à subconcessão da Ferrovia Norte Sul (FNS) no Tramo Norte.
Adaptado de Governo Federal/ANTT e MINFRA