quinta-feira, abril 18, 2024

O sobe e desce das vendas de caminhões, ônibus e máquinas agrícolas

Aos poucos a economia do Brasil tenta respirar, mas ainda há muito a ser feito. A demanda no transporte é um bom termômetro para sabermos o quanto a economia tem girado. Segundo dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), na última quarta-feira, 6, em São Paulo, a indústria automobilística brasileira ainda enfrenta dificuldades nas vendas de caminhões e demais veículos e fechou o primeiro semestre ainda no vermelho.

Para o mercado de caminhões, foi registrado nos primeiros seis meses de 2016, o licenciamento de 25,6 mil unidades, com retração de 31,4% frente as 37,3 mil unidades do mesmo período de 2015. Uma queda mais acentuada que o projetado no começo do ano (clique aqui e entenda mais).

Vendas de caminhões caem a níveis inferiores aos de 2005
Vendas de caminhões caem a níveis inferiores aos de 2005

Contudo, a produção no sexto mês apresentou alta de 5,6% com relação a maio/16 e também a junho/25 – meses em que se produziu 5,3 mil unidades, contra as 5,6mil de junho/16. O total de unidades produzidas no semestre, de 31,3 mil, ficou 24,8% abaixo das 41,6 mil do ano passado.

As exportações, que poderiam ser a válvula de escape também registraram baixa de 7,5% no resultado mensal, com 1,7 mil unidades em junho e 1,9 mil em maio, e de 13,2% na comparação com junho do ano passado, com 2,0 mil unidades. O resultado no acumulado é de 9,4 mil unidades, 8% inferior as 10,2 mil de 2015.

O sobe e desce dos números no geral mostram que entre janeiro e junho de 2016, com relação ao ano passado, a queda atingiu principalmente veículos leves em 36,4% e os médios em 39,1%

Vejamos o gráfico da Anfavea de evolução no período de 10 anos:

Evolução das vendas de caminhões na última década
Evolução das vendas de caminhões na última década

Ônibus

Já para o segmento de ônibus, as vendas também ficaram abaixo do esperado 7,8% na análise mês a mês – foram 982 unidades em junho e 1,1 mil em maio. Em comparação com o resultado de junho do ano passado, quando foram vendidos 1,4 mil ônibus, a queda é de 32%. No acumulado a retração é de 41,2%: 5,7 mil este ano e 9,7 mil em 2015.

Ônibus tem queda ainda mais acentuada
Ônibus tem queda ainda mais acentuada

Saíram das fábricas pouco mais de 1,8 mil chassis para ônibus em junho, o que significa uma elevação de 22,3% na produção frente a maio, com 1,5 mil unidades, e de 1,4% na análise contra junho de 2015, com quase 1,8 mil unidades. No semestre o balanço aponta diminuição de 33,4% – 9,2 mil unidades este ano e 13,9 mil no ano passado.

As exportações de 3,8 mil chassis para ônibus no acumulado de 2016 indicam aumento de 17,7% sobre os 3,3 mil de 2015.

 

Máquinas agrícolas e rodoviárias

Mas nem tudo está perdido e o agronegócio tem sido a salvação da lavoura em tempos de escassez. As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias subiram 18% quando se compara as 4,1 mil unidades de junho de 2016 com as 3,4 mil de maio.

Já no comparativo com as 4,4 mil máquinas de junho do ano passado, houve queda de 7,8%. Na soma dos primeiros seis meses deste ano, foram negociados 17,1 mil produtos, recuo de 30,9% frente as 24,7 mil unidades de igual período de 2015.

Mesmo caindo menos, o mercado agrícola também retraiu
Mesmo caindo menos, o mercado agrícola também retraiu

A produção acumula queda de 35% – foram 19,8 mil unidades produzidas neste ano versus 30,5 mil em 2015. Em junho, 4,5 mil unidades deixaram as fábricas, o que representa alta de 10,4% ante as 4,1 mil de maio e de 25% contra as 3,6 mil de junho do ano passado.

As exportações no semestre ficaram menores em 17,8%: 4,4 mil unidades foram enviadas para outros países em 2016 contra 5,3 mil em 2015.

Os dados demonstram oscilação, contudo, o interesse das montadoras pelo agronegócio só vem aumentando. Elas marcam presença nas grandes feiras e apostam em tecnologias que se adequam à produção de diversos produtos. A tendência é abrir a visão do pequeno e grande produtor e aumentar ainda mais a perspectiva e geração de novos negócios.

 

Por Valéria Paixão com informações da Anfavea

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