Você recebeu nos últimos dias um vídeo sobre a situação da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp)? Nele, caminhoneiros aparecem descartando cargas devido ao fechamento do local, atribuído ao surto de coronavírus.
Leia também: Transporte tem queda de 26% no volume de cargas
Esse vídeo é falso! Como assim? Continue lendo para entender.
Vídeo no Ceagesp
O vídeo gravado é real, porém registra o que ocorreu durante as fortes chuvas que atingiram a capital paulista em fevereiro deste ano.
Na ocasião, o Ceagesp ficou alagado e caminhoneiros tiveram de descartar alimentos no local. O vídeo não tem nenhuma relação com o atual momento de surto de covid-19 enfrentado pelo país.
Em nota divulgada na sexta-feira, 27, a Ceagesp afirma que entrepostos continuam funcionando normalmente e seguindo rigorosas medidas de higienização. “Os entrepostos continuam funcionando, recebendo e escoando mercadorias para que alimento não deixe de chegar na mesa dos brasileiros”, diz o texto.
Denúncias de notícias falsas podem ser enviadas pelo email ceagesp@ceagesp.gov.br.
Ceasa de BH
A Central de Abastecimento (Ceasa) de Contagem, na Grande Belo Horizonte, também foi vítima de fake news nos últimos dias. Um vídeo do local vazio foi compartilhado.
O vídeo é falso e a informação já foi desmentida por jornalistas e pelo próprio Ceasa de BH, que está funcionando normalmente e não sobre de desabastecimento.
Segundo a Ceasa, o homem que fez o vídeo ainda não foi identificado. “Até o presente momento, nós não conseguimos identificar quem é a pessoa, se é comprador ou se é um visitante que veio para a feira”, informa o órgão ao UOL.
Circulação de caminhões
Após o anúncio de alguns governadores de fechar suas fronteiras estaduais, começaram a circular nas redes a informação de que apenas caminhões com produtos alimentícios poderiam circular nas cidades. Isso não é verdade.
São necessários produtos que garantem o funcionamento de indústrias de alimentos, remédios, gases hospitalares, máquinas hospitalares e tantos outros setores. Por isso, cargas em geral seguem com circulação liberada entre os estados e também na maioria das fronteiras entre Brasil e seus vizinhos.
Por Pietra Alcântara