terça-feira, dezembro 3, 2024

Volvo planeja caminhão movido a hidrogênio, com base no próprio seis cilindros

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A descarbonização do transporte não virá apenas das baterias. A Volvo Trucks anunciou o desenvolvimento de caminhões equipados com motores de combustão interna movidos a hidrogênio.

Volvo a hidrogênio chega em 2030

Os primeiros testes de rodagem estão programados para começar no início de 2026 e o ​​lançamento está previsto para o final da década. 

A ideia da Volvo é usar um motor de combustão em vez de uma célula de combustível. Embora ambos usem o hidrogênio como fonte de energia, há diferenças entre as tecnologias.

Com isso, os motores térmicos usarão um novo sistema de injeção direta de altíssima pressão. 

Produção interna do motor já consolidada

O motor está posicionado no mesmo lugar das unidades a diesel, na dianteira. Já os tanques de hidrogênio estão distribuídos em vários locais: dois nas laterais e três atrás da cabine.

Além disso, uma vez que se baseia num motor diesel existente, é muito mais barato do que uma célula de combustível, cujo desenvolvimento e fabricação são muito caros.

Dentro da estratégia de lançamento está a assinatura de um acordo com a Westport Fuel Systems, empresa que fornecerá a nova tecnologia de injeção da qual será criada uma joint venture.

A Volvo Trucks anunciou o desenvolvimento de caminhões equipados com motores de combustão interna movidos a hidrogênio, muito menos poluentes que os caminhões a diesel.
A Volvo Trucks anunciou o desenvolvimento de caminhões equipados com motores de combustão interna movidos a hidrogênio

A iniciativa da Volvo Trucks de desenvolver caminhões com motores de combustão movidos a hidrogênio verde é mais um passo na descarbonização do transporte pesado e de longa distância. 

Nesse sentido, deve-se destacar que a combustão do hidrogênio não produz dióxido de carbono (CO2) nem monóxido de carbono (CO). Porém, as altas temperaturas atingidas durante a combustão podem gerar óxidos de nitrogênio (NOx). O NOx é gerado devido à reação do nitrogênio do ar com o oxigênio sob condições de alta temperatura e pressão.

Estes gases já estão purificados nos sistemas AdBlue que os caminhões a diesel possuem atualmente, pelo que é um problema fácil de resolver. Embora em quantidades menores, também podem ser gerados vestígios de hidrocarbonetos não queimados.

Quando o novo modelo chegar ao mercado, a Volvo terá uma ampla gama. Afinal, ele vai se juntar aos elétricos a bateria, hidrogênio por célula de combustível e aos que funcionam com combustíveis renováveis, como biogás e HVO (óleo vegetal).

Leia também: Daimler apresenta caminhão elétrico e autônomo

Veja mais: Paraná ganha Corredores Sustentáveis com postos de GNV

Jornalista do Pé na Estrada, Rodrigo Samy

Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha com repórter e editor do Portal Pé na Estrada.

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