A Polícia Federal (PF) realiza nesta terça-feira, 17, uma operação batizada de Transbordo, contra uma quadrilha de roubo de cargas e caminhões em diversos estados do Nordeste e Sudeste.
Ao menos 31 pessoas foram presas durante a operação em Alagoas e mais cinco estados. A ação cumpre 176 mandados judiciais expedidos pela 17ª Vara Criminal de Maceió. Segundo a PF, foram expedidos 66 mandados de prisão e 107 de busca e apreensão.
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O esquema contava com a participação dos motoristas dos caminhões, que simulavam terem sido sequestrados por assaltantes, enquanto outros integrantes realizavam a desativação dos dispositivos de segurança do caminhão e a subtração da carga, sendo que ao final o motorista comparecia em um órgão policial para realizar falsa comunicação de crime, segundo a Veja.
Estima-se que a organização criminosa tenha causado um prejuízo superior a R$ 8,6 milhões, só em relação a roubo de cargas e caminhões.
A operação ocorre em Maceió, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará e Pernambuco. Segundo a PF, 4 pessoas foram presas em Alagoas. Em São Paulo, 7 pessoas foram presas e armas, veículos e dinheiro foram apreendidos.
A operação
Segundo a PF, a operação é para desarticular uma organização criminosa envolvida em crimes de furto e receptação de cargas e caminhões em diversos estados do Nordeste e Sudeste, valendo-se de falsas comunicações de crimes de roubo, além de adulteração de veículos, golpes em seguradoras e outros delitos.
“Tudo começou com um roubo a carga aqui em Alagoas. Houve o flagrante e com o aprofundamento das investigações se identificou que na verdade não foi um caso esporádico, mas sim havia uma quadrilha por trás atuando dessa forma”, afirmou o superintendente da PF em Alagoas, Rolando Alexandre de Souza.
A organização criminosa contava com a participação dos motoristas dos caminhões, que simulavam terem sido sequestrados por assaltantes, enquanto outros integrantes realizavam a desativação dos dispositivos de segurança do caminhão e a subtração da carga. Depois disso, o motorista ia até a polícia para registrar a falsa comunicação do crime.
Segundo as investigações, a organização criminosa não tinha um tipo de mercadoria preferencial como alvo. Eles atuavam em qualquer frente, desde que fosse mercadoria (têxtil, eletrônicos, alimentos etc).
A investigação foi realizada pela Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal.
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Adaptado de G1