Em alguns bairros do Rio de Janeiro, existe hoje o transporte aquaviário fiscalizado pela Capitania dos Barcos. Nos últimos meses, usuários e barqueiros estão em alerta, pois a prefeitura começou a fazer estudos para regulamentar o sistema. As especulações incluem temor de aumento do valor da passagem e a substituição dos barqueiros que atuam no local.
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Na Lagoa da Tijuca, por exemplo, o sistema funciona a pleno vapor e é fundamental para atender a população de sete ilhas: Gigoia, Primeira, Garças, Fantasia, Ipê, São Jorge e Pesquisa. Moradores de condomínios próximos também recorrem ao serviço, para escapar do trânsito.
No dia 6 de maio deste ano, o decreto municipal 45.929 criou um grupo de trabalho para estabelecer procedimentos com o objetivo de regulamentar o transporte aquaviário e regularizar o uso de píeres e deques públicos nas ilhas da Lagoa da Tijuca.
Nos últimos dois meses, a Secretaria municipal de Transportes (SMTR) esteve no local fazendo vistorias nos deques e levantamento sobre o fluxo diário de passageiros — o que deu início ao alerta da população. Em breve, um relatório preliminar será apresentado ao prefeito Marcelo Crivella.
Eloir Faria, coordenador de planejamento da SMTR, explica que o projeto depende de várias secretarias para sair do papel. Entre elas: Meio Ambiente, Defesa Civil, Urbanismo. “Já fizemos reuniões com associações de moradores e os barqueiros e abrimos um canal de comunicação com eles”, conta Faria ao O Globo.
Em 2018, a prefeitura foi notificada pelo Ministério Público Federal de que deveria regularizar o transporte aquaviário na região. Farias explica que a medida foi resultado de um processo aberto por uma associação de moradores.
Além de regulamentar o transporte aquaviário na Lagoa da Tijuca, o coordenador de planejamento da Secretaria de Transportes garante que a prefeitura vai reformar os deques e píeres da Lagoa da Tijuca. Porém, ainda não há previsão para as obras.
Adaptado de O Globo