A Fagundes Construção e Mineração foi a primeira empresa brasileira a receber o novo Arocs 8×4. A entrega da primeira unidade foi feita no início de fevereiro na sede operacional que fica na cidade de Portão, no Rio Grande do Sul.
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Ao todo foram encomendados 60 caminhões que estão programados para serem enviados até março deste ano. Desse total, 50% será para renovação e 50% para ampliação da frota da Fagundes. Atualmente, são mais de 1.000 conjuntos de motores rígidos que compõem a frota da Fagundes. Com a aquisição, a companhia aumenta o volume de veículos 8X4 da Mercedes-Benz para 75%.
De acordo com José Fernando Fagundes, diretor da empresa, a mineração vem crescendo no Brasil e, hoje, corresponde de 1,5 a 2,5% do PIB nacional. Com a entrega dos Arocs e a ampliação nos processos internos da mineradora, o grupo pretende terminar 2022 com um aumento de 30% no faturamento. Durante conversa com a equipe de jornalista na sede, ele chegou a declarar que pretende encomendar mais 50 Arocs futuramente.
Para Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing Caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, acredita que o aumento na demanda do Arocs na mineração e construção pode contribuir para geração em empregos. “Quando este tipo de equipamento começa a atuar, precisa de uma série de caminhões de apoio, então lógico que isso gera carga, gera receita e gera demanda para os caminhoneiros também”.
Nota Pé na Estrada: Assista à matéria especial falando sobre a entrega do Arocs 8×4 e de três motorhomes ao diretor da Fagundes Construtora e Mineradora.
O novo Arocs 8X4 na mineração
Luis Lamb, gerente de equipamentos da Fagundes Construção e Mineração, aponta que o novo Arocs 8×4 será fundamental para a empresa, principalmente no segmento da mineração. A robustez, o pacote de segurança e os itens customizados como as capas para tampas que isolam e evitam contaminação foram imprescindíveis para opção pelo caminhão, afirma.
Além de conter uma basculante de 20 a 24 metros, o veículo possui uma capacidade de peso bruto total combinado (PBTC) de 58 toneladas, ou seja isso significa 40t só de carga líquida. Possui também capacidade máxima de tração (CMT) de 150 toneladas.
De acordo com Roberto Leoncini, o produto surgiu de uma necessidade real do mercado brasileiro. “O caminhão passou por testes durante 2 anos para se adequar a operação brasileira de mineração”, explica. A Fagundes foi um dos clientes que trouxe demanda por adaptações. A empresa, que já foi a maior frotista de Actros do Brasil, outra na linha de caminhões extrapesados da Mercedes-Benz, agora aposta no Arocs.
“O Arocs, pelos testes apresentados demonstrou muita força e uma potência dimensionada, um caminhão que te se mostrado com um custo manutenção abaixo até do que o próprio Actrus e ele vem aí acredito até pra tomar o espaço dele e é um caminhão que até no quesito segurança representou muito bem a marca”, explica Luis Lamb.
José Fernando conheceu o caminhão na Alemanha em 2019 e aguardou seu lançamento no Brasil, solicitando uma adequação para a mineração com foco na segurança operacional. “Tivemos que tropicalizar”, brinca. Com isso, o veículo ganhou um pacote exclusivo com 20 itens específicos para atender a demanda da mineração. Entre eles:
- Inclinometro
- Sistema de fadiga na mineração
- Câmera de ré nacional, trazida de Caxias do Sul
A Fagundes foi a percursora no uso dos itens citados acima, confirma o diretor da empresa, que hoje fazem parte de 100% da sua frota. As novas tecnologias adotadas não só ajudaram a nacionalizar esses sistemas, como em 2 anos ajudaram a diminuir o número de acidentes na empresa.
Por Jacqueline Maria da Silva