O roubo de cargas, situação que prejudica vários estradeiros ao longo da jornada de trabalho, vem caindo no Brasil, mas ainda resulta em prejuízo de 1,2 milhões de reais. É o que aponta uma pesquisa da Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), que traçou o panorama dos roubos em 2022.
Segundo os dados coletados pela entidade, em parceria com órgãos públicos e privados, houve uma redução significativa de 9,1% em relação ao ano anterior, totalizando 13.089 registros.
Como citamos previamente, em termos monetários, as perdas ocasionadas por cargas roubadas somaram cerca de R$ 1,2 milhões em todo o país, número que representa queda na comparação com os últimos anos, mas que ainda assim é preocupante.
Casos por região
A análise por regiões aponta que, em 2022, o Sudeste continuou concentrando o maior número de casos, representando 85,18% das ocorrências com mais de 11 mil casos de roubos nas estradas. Na sequência, estão as regiões Sul (6,12%), Nordeste (4,66%), Centro-Oeste (2,81%) e Norte (1,23%).
Produtos mais visados
De acordo com a pesquisa, alimentos, combustíveis, produtos farmacêuticos, autopeças, materiais têxteis e de confecção, além de cigarros, eletroeletrônicos, bebidas e defensivos agrícolas são as mercadorias mais visadas por quadrilhas e grupos criminosos.
Roberto Mira, vice-presidente de segurança da NTC&Logística, destaca que a entidade segue a mesma estratégia adotada nos anos anteriores para solução dos problemas de roubo de cargas. Dentre elas estão o fortalecimento da ação dos órgãos de segurança pública e o estreitamento de parcerias com as empresas do setor e com suas entidades representativas. Essa abordagem tem se mostrado eficaz ao longo do tempo, afirma.
“Uma das ferramentas fundamentais para lidar com as interferências no transporte de cargas são os sistemas de rastreamento e verificação da qualidade do transporte, que têm se mostrado cada vez mais importantes a cada ano. Esses sistemas permitem acompanhar em tempo real a localização e o status das cargas, o que auxilia na identificação de possíveis problemas e na tomada de ações rápidas para solucioná-los”, afirma.
Ele também destaca que as novas tecnologias em segurança podem colaborar ainda mais com as diminuições do número de casos:
“O setor de transporte tem demonstrado um grande interesse em soluções modernas, o que tem impulsionado o investimento em áreas de gerenciamento de risco nas transportadoras. Isso significa que as empresas estão se tornando cada vez mais preparadas e equipadas para lidar com os desafios relacionados ao roubo de cargas. Essa postura proativa é fundamental para continuar reduzindo os índices desse tipo de crime”.
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Por Daniel Santana com informações da NTC&Logística