O Pé na Estrada recebe com frequência denúncias sobre o tempo de espera exagerado para fazer a descarga. Um dos apontamentos ocorreu recentemente na unidade da Raízen, em Guariba, São Paulo. De qualquer forma, a empresa admitiu aumento no tempo de descarga e disse que providências estão sendo tomadas.
Raízen admite aumento no tempo de descarga
Na ocasião, o caminhoneiro mostra um vídeo com vários implementos aguardando na fila. Nos relatos, o motorista explica que está por mais de 24h na fila para descarregar a biomassa na unidade.
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O motorista ainda acrescenta que não há infraestrutura, nem bainheiro com água e muito menos um restaurante ou refeitório. Não há lugar comprar comida. Ele fotografou um papel pendurado na porta do banheiro com a sugestão de chamado para um reparo, mas segundo ele nada adianta ligar. Veja nas imagens gravadas.
O caminhoneiro explica que encostou na unidade, em 18 de junho, e que o agendamento para descarregar se inspirou meia-noite. “Quando fui pedir informação na portaria sobre como proceder, a única resposta que tivemos é que era apenas necessário aguardar a chamada”, contou.
Em nota, a Raízen informou que o Bioparque Bonfim, em Guariba, conta com uma completa estrutura com área de convivência, sanitários e chuveiros para atendimento a motoristas que aguardam descarga de seus caminhões.
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Sobre a reclamação, a empresa disse que se trata de um banheiro desativado que acabou sendo indicado equivocadamente e que está sendo providenciada uma reorientação quanto ao direcionamento aos motoristas.
Já com relação ao tempo de espera, a empresa explica:
“Devido à alta demanda por matéria-prima, registramos picos de entrega com consequente aumento no tempo de operação de descarga. Providências para adequar o fluxo e manter os tempos de operação dentro da normalidade estão sendo tomadas”.
A reportagem do Pé na Estrada perguntou sobre quais providências estariam sendo tomadas para adequar o fluxo e a Raízen respondeu que está revisando a programação e o fluxo de veículos operados pela Companhia (logística própria) como também da frota de veículos de fornecedores terceirizados.
Por Rodrigo Samy
Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha com repórter e editor do Portal Pé na Estrada.