O Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT, volta a ser ameaçado no Congresso. O presidente Lula sancionou o novo denominado SPVAT em maio deste ano, mas o legislativo tornou o tema motivo para extingui-lo novamente.
Tudo porque a Câmara e o Senado aprovaram a revogação da lei que instituiu o SPVAT e que começaria a vigorar em 2025.
Contudo, o texto agora segue para a sanção. Os senadores precisam confirmar a proposta, e o presidente precisa sancioná-la; caso isso aconteça, a cobrança não voltará.
O que dizia o projeto já aprovado?
Extinto em 2020, o DPVAT voltaria com uma nova regulamentação e cobrariam os proprietários de carros (incluindo caminhões) e motos.
A Lei Complementar 207/24 se originou do projeto do Poder Executivo (PLP 233/23) aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
A Caixa Econômica Federal ficaria responsável pela gestão do fundo formado a partir dos valores pagos pelos proprietários de veículos, e pagaria as indenizações.
Desde 2021, o banco já opera de forma emergencial o seguro após a dissolução do consórcio de seguradoras privadas que administrava o DPVAT.
Na aprovação do PLP, o governo alegava que a volta da cobrança seria necessária porque os recursos do antigo DPVAT disponíveis para a continuidade do pagamento das indenizações seriam incapazes de suportar mais um ano.
O governo estimou, na época da tramitação do projeto na Câmara, que o seguro anual, por veículo, ficará entre R$ 50 e R$ 60. Ainda definiriam o valor final e das indenizações do seguro.
No total, 21 Estados e o Distrito Federal tinham definido que não cobrariam o SPVAT (antigo DPVAT). Porém, a Lei determina a obrigatoriedade do pagamento e o impedimento de licenciar o veículo caso a taxa não esteja quitada.
Nos Estados que aderiram à cobrança, que não é o caso de São Paulo, o seguro deveria seguir o calendário de pagamento da cota única do IPVA. Nos estados que se recusaram, o proprietário do veículo emitiria a guia de pagamento diretamente nos canais oficiais da Caixa.
Quando o projeto foi revogado?
Em votação nesta quarta,18, a Câmara aprovou a derrubada do seguro após embate entre os deputados. O relator do projeto, deputado Átila Lira, tinha incluído a medida na terça-feira, 17, mas a retirou. Depois, retornou e foi aprovada. O governo fechou acordo para garantir o avanço do pacote de corte de gastos no Congresso.
Então, a cobrança não virá em 2025?
O texto segue para o Senado. Se os senadores confirmarem a proposta e o presidente Lula a sancionar, não haverá a volta da cobrança.
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