quinta-feira, março 28, 2024

Anjo da guarda virtual? Conheça o escudo de proteção digital da Bosch

Já imaginou ter um anjo da guarda para te avisar antecipadamente sobre uma situação de risco no trânsito? Se depender da Bosch, em breve essa será uma realidade. Em parceria com a Autotalks, Cohda Wireless e Ducati, a empresa desenvolveu o protótipo de escudo de proteção digital capaz de conectar motos e carros e garantir visibilidade digital aos veículos.

 

Por que é necessário?

Os motociclistas estão entre os condutores que mais correm riscos, com 18 vezes mais chances de serem mortos em um acidente do que motoristas. Segundo dados do estudo “Retrato da Segurança Viária no Brasil”, o número de mortos e feridos em acidentes com motos mais que triplicou no país entre 2002 e 2013. Já o número de feridos em acidentes com moto quadruplicou no período: de 21.692 para 88.682. Para feridos, considerou-se aqueles que necessitaram de mais de 24 horas de internação.

Um estudo realizado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, em parceria com a consultoria Falconi, mostou que os motociclistas são 37% dos mortos e 56% dos feridos em acidentes do trânsito brasileiro. Uma das principais razões é que motociclistas muitas vezes não são vistos, tanto em cruzamentos como em ultrapassagens. De acordo com uma pesquisa sobre acidentes realizada pela Bosch, a comunicação entre a motocicleta e o carro pode evitar quase um terço dos acidentes.

 

Como funciona o dispositivo?

A solução funciona da seguinte forma: veículos dentro de um raio de centenas de metros trocam informações, até dez vezes por segundo, sobre os tipos os veículos, velocidade, posição e direção do percurso. Muitos antes dos motoristas ou dos sensores presentes nos veículos percebam a presença de uma motocicleta, a tecnologia informa a situação permitindo que ambos os usuários da rodovia (motoristas e motociclistas) adotem uma estratégia de condução mais defensiva. Um exemplo de situação perigosa é quando uma motocicleta fica no ponto cego do carro, no momento em que este irá fazer uma ultrapassagem ou mudar de faixa em uma avenida. A nova tecnologia identifica a condição potencialmente perigosa, avisando o motociclista ou o motorista ativando um alarme sonoro e também uma luz de aviso no painel. Desta forma, todos recebem as informações necessárias para evitar ou reduzir o risco de acidentes.

escudo de proteção digital

Troca de informações entre veículos em milissegundos 

Para a troca de dados entre motocicletas e carros, o sistema utiliza como base o padrão público WLAN (ITS G5). Com um tempo de transmissão de poucos milissegundos entre o transmissor e o receptor, os usuários podem gerar e transmitir informações importantes relacionadas ao tráfego nas ruas. Além disso, veículos estacionados ou com velocidade reduzida também podem transmitir dados para os receptores próximos. Para permitir que motociclistas e motoristas distantes recebam com segurança toda a informação necessária, a tecnologia utiliza recursos que encaminham a informação automaticamente de veículo para veículo. Em situações críticas, portanto, todos os usuários sabem o que está acontecendo e podem tomar as providências necessárias antecipadamente. Veja a demonstração em vídeo de como o dispositivo da Bosch funciona, em inglês.

Enquanto o escudo digital da Bosch ainda é protótipo, uma atitude simples e muito comum nas estradas pode salvar vidas: a comunicação entre os motoristas. Sempre que possível, é importante sinalizar ao notar algo de errado em outro veículo na estrada. Confira a matéria sobre como um ato simples pode evitar acidentes.

Ainda sim, sabemos que a convivência entre motos e caminhões nas estrada pode ser complicada, por uma série de fatores que incluem os pontos cegos do caminhão, a agilidade das motos e etc. Porém, se certas precauções forem tomadas, é possível que essa convivência se torne mais agradável e, principalmente, mais segura. Confira o programa com a reportagem de Jaime Alves com dicas de segurança e exemplos de situações de risco envolvendo caminhoneiros e motociclistas.

 

 

Por Pietra Alcântara com informações da Bosch e UOL

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