Caminhões teleoperados começam a ganhar espaço no mercado

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Os caminhões teleoperados estão crescendo no mercado nacional. Controlado remotamente por um operador em um centro de controle distante, os modelos utilizam câmeras, sensores e sistemas de comunicação.

Caminhões teleoperados começam a ganhar espaço

O operador tem uma visão completa e detalhada do entorno do veículo. A operação é feita por comandos enviados via redes de alta velocidade, como 4G/5G, garantindo controle preciso e seguro.

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A tecnologia aumenta a segurança ao reduzir a necessidade de operadores humanos em áreas perigosas, melhora a eficiência operacional e oferece flexibilidade em ambientes adversos. Caminhões teleoperados são amplamente utilizados em mineração, construção e logística, onde a automação pode aumentar a produtividade e reduzir custos.

A Mercedes-Benz, por exemplo, se autointitula com a dona da maior frota de caminhões com tecnologias de automação em circulação no Brasil. São mais de 1.100 unidades em atividade.

Mercedes Atego teleoperado atua na logística interna 

O Atego autônomo atua em conjunto com a startup Lume Robotics, que opera com na logística interna e em operações fechadas, enquanto, a Grunner, empresa de tecnologia, apoia na colheita da cana-de-açúcar. Há também caminhões que se movimentam por rádio controlados nas operações mais robustas ou de difícil acesso. 

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Hoje, as tecnologias de automação estão disponíveis para todos os caminhões Mercedes-Benz BlueTec 6 – Accelo, Atego, Actros e Arocs.

Scania também tem modelo teleoperado

Uma parceria entre Scania, Fidens e Hexagon, concretizaram o primeiro caminhão 8×4 teleoperado da história do Brasil. Trata-se do modelo Scania G 500 8×4 XT vocacionado para o trabalho fora de estrada, tem PBT técnico de 60 toneladas e motor de 500 cv e 2.550 Nm.

O controle do caminhão é feito por uma cadeira de comando (um cockpit que se assemelha a um simulador de direção), com a alta tecnologia da Hexagon equipada com câmeras e sistemas de telemetria para a total condução do veículo a 30 km de distância.

G 500 8x4 XT Heavy Tipper não-tripulado tem suspensão dianteira com capacidade de 22t
Scania G 500 8×4 XT Heavy Tipper não-tripulado tem suspensão dianteira com capacidade de 22t

Transformando um caminhão em autônomo 

A Mercedes-Benz oferece três soluções distintas aos clientes – caminhão semiautônomo, caminhão autônomo e rádio controle, todos para ambientes controlados. 

Qualquer cliente pode procurar a Mercedes-Benz para colocar as soluções de automação da marca em sua frota. Os caminhões do portfólio BlueTec 6 estão aptos para atender todas as demandas e trazer a melhor solução, seja o caminhão semiautônomo, o autônomo ou o rádio controlado.

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“Nesse tipo de automação, não há necessidade do motorista dentro do caminhão. Isso é muito interessante, especialmente em situações repetitivas e com manobras complexas, como a do CD da Ypê. Após horas rodando em velocidade baixa e enfrentando situações monótonas e repetitivas, o risco de uma distração do motorista é alto. Sem mencionar a perda de eficiência do profissional nas manobras ao longo do dia em função do cansaço”, ressalta Marcos Andrade, gerente sênior de Marketing de Produto Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil.

“Até o fim desse ano, teremos mais unidades em negociação com outros clientes que demandam esse nível de tecnologia”.

Por Rodrigo Samy, com informações da Mercedes-Benz e Scania

Jornalista do Pé na Estrada, Rodrigo Samy

Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha com repórter e editor do Portal Pé na Estrada.

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