quinta-feira, dezembro 12, 2024

Estudo aponta que ruídos do trânsito aumentam risco de obesidade

CuriosidadesEstudo aponta que ruídos do trânsito aumentam risco de obesidade

Viver na estrada tem suas vantagens, mas se o motorista não se manter atento, corre o risco de prejudicar a própria saúde. Ficar sentado por muitas horas e falta de exercício deixam os caminhoneiros propensos a obesidade, que hoje afeta mais da metade da população brasileira. Já o excesso de ruídos a longo prazo pode prejudicar a audição do estradeiro. Mas você sabia que os ruídos do trânsito aumentam o risco de obesidade dos motoristas?

Assista: Saúde do caminhoneiro brasileiro e obesidade

 ruidos_do_transito_

É o que constatou um estudo realizado pelo Instituto de Barcelona para a Saúde Global (ISGlobal), que identificou que pessoas expostas aos ruídos do trânsito têm maior risco de serem obesas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, um tráfego pesado emite em média 80 decibéis – unidade usada para medir a intensidade ou volume de sons – enquanto que um automóvel a 20 metros de distância produz um barulho de 70 decibéis.

“Observamos que um aumento de dez decibéis no nível médio de ruído foi associado a um risco 17% maior de obesidade. Nosso estudo contribui com evidências adicionais para apoiar a hipótese de que o ruído relacionado ao trânsito afeta a obesidade porque os resultados obtidos em uma população diferente foram os mesmos relatados pelos autores de estudos anteriores”, explica Maria Foraster, autora do estudo e pesquisadora do ISGlobal.

A pesquisa avaliou mais de 3 mil pessoas, em 10 anos, levando em consideração medidas como o peso dos participantes, altura, índice de massa corporal, circunferência da cintura e gordura abdominal. Foi avaliado também o efeito da poluição sonora causada por aeronaves e linhas de trem, associado a um risco maior de sobrepeso em longas exposições, não chegando à obesidade.

“Este estudo não permite concluir com certeza qual foi a ligação entre o excesso de barulho e a obesidade. Mas acreditamos que isso ocorra por causa de um prejuízo do sono. Vários estudos anteriores já mostravam que pessoas que dormem mal, tem mais risco de desenvolver a obesidade”, conta Walmir Coutinho, diretor do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

O barulho gera estresse e afeta o sono, além de alterar os níveis de hormônios e aumentar a pressão sanguínea. Entre outros efeitos, os distúrbios do sono desregulam o metabolismo da glicose e alteram o apetite. A longo prazo, tais efeitos podem evoluir para alterações psicológicas crônicas.

 

Com informações do Jornal Extra

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Inscreva-se nos nossos informativos

Você pode gostar
posts relacionados