quinta-feira, dezembro 12, 2024

Pandemia provoca queda na venda de veículos, diz Anfavea

CoronavírusPandemia provoca queda na venda de veículos, diz Anfavea

Em fevereiro, a venda de veículos no Brasil foi influenciada pelo surto de coronavírus em outros países, que afetavam principalmente as exportações e o fornecimento de peças para montadoras brasileiras. A crise somada à alta do dólar e ao período de Carnaval trouxe resultados moderados para as vendas de caminhões e ônibus, menores que as vendas de fevereiro de 2018.

Leia também: Coronavírus – 5 mudanças na legislação para caminhoneiros

expectativa de vendas de pesados

O primeiro caso de coronavírus no Brasil foi confirmado pelo Ministério da Saúde em 26 de fevereiro. Em 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o estado da contaminação da doença à pandemia mundial. A chegada e a proliferação da covid-19 no Brasil desencadearam efeitos na vida da população e na economia. Para as montadoras, os efeitos já sentidos antes foram agravados. A venda de veículos foi fortemente impactada.

 

Venda de veículos e máquinas agrícolas

legislacao para caminhoneiros

Em março deste ano, os resultados de vendas de veículos foram afetados pela pandemia. Ao todo, foram 163,6 mil veículos vendidos em março, o que representa queda de 21,8% em relação mesmo mês de 2019. Em relação a fevereiro, a queda foi de 18,6%.

Ao mesmo tempo, os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que as vendas de máquinas agrícolas cresceram no período. Segundo a associação, fabricantes de máquinas agrícolas garantem ter estoque para atender os produtores rurais, atividade considerada essencial, com ou sem pandemia.

Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, descreve o começo da segunda quinzena de março com vendas de veículos em alta e crescimento de 9% no acumulado do ano. As vendas despencaram quase 90% das primeiras semanas do mês para as últimas.

“O avanço da pandemia em nosso país foi provocando a interrupção das atividades nas fábricas e nas concessionárias, fazendo com que fechássemos o mês com queda de 8% no acumulado do ano”, explica Moraes.

 

Caminhões

vendas de pesados

Em março, foram 6,4 mil caminhões vendidos, o que representa queda de 15,3% em relação o mesmo mês do ano passado. Quando comparamos com fevereiro de 2020, a queda é de 0,4%.

No acumulado, houve diminuição de 6,2% nas vendas em relação aos primeiros três meses de 2019, que teve 21,5 mil unidades vendidas. Em 2020, foram 20,1 mil caminhões vendidos no mesmo período.

Sobre as exportações de caminhões, foram 969 em março deste ano e 1.193 no mesmo mês do ano passado, o que representa diminuição de 18,8%. Em comparação com fevereiro deste ano, a queda foi de 8%. No acumulado, a redução foi de 9,5%.

 

Ônibus

onibus categoria D

Foram 883 unidades de ônibus vendidas em março deste ano, contra 1.590 unidades no mesmo período de 2019, representando 44,5% de queda. Em relação ao mês anterior, fevereiro, a redução na venda de veículos de passageiros foi de 31,3%. No acumulado, a queda é menor, de 21,8%.

Já as exportações de ônibus caíram para a metade no acumulado. Nos primeiros três meses deste ano, foram 1.009 unidades exportadas. Em 2029, foram 2.080 no mesmo período, representando queda de 51,5%.

 

Máquinas agrícolas

As vendas de máquinas agrícolas cresceram 10,3% em março, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 4,1 mil unidades vendidas no mês passado contra 3,8 mil unidades no ano passado.

No acumulado, foram 2% de aumento nas vendas, com 9,5 mil unidades vendidas nos primeiros três meses deste ano contra 9,2 mil unidades nos primeiros três meses de 2019.

As exportações tiveram aumento de 18,9% quando comparamos março e fevereiro de 2020. Em relação a março de 2019, a redução foi de 11,9%. Em março deste ano foram 980 unidades exportadas. Em março do ano passado, foram 1.112 unidades.

Ao contrário dos automóveis, ônibus e caminhões, as máquinas agrícolas e rodoviárias ainda observaram um mês positivo, já que a maioria das fábricas funcionou até o começo de abril, e as vendas estavam aquecidas em função da época de colheitas.

 

Para ver a carta da Anfavea na íntegra, clique aqui.

 

Por Pietra Alcântara

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