Pneu novo ou recapado? Qual utilizar no caminhão. Os pneus são um dos itens dos caminhões que mais sofrem desgaste, uma vez que são um dos principais responsáveis por suportar toda a carga e conferir a dirigibilidade.
Logo, a substituição é feita com maior frequência quando comparada com carros de passeio, o que pode trazer impactos significativos de custos, durabilidade e eficiência.
Pneu é o principal contato do caminhão com o solo
Assim como nos carros, os pneus de caminhão são responsáveis por fazer a ligação do veículo com o solo.
Logo, a força transmitida pelo motor e freio acabam no composto, que também absorve os impactos e as irregularidades, além de manter a trajetória escolhida pelo motorista através do volante.
Por isso, é possível dizer que a função dos pneus é semelhante à de um calçado. Ou seja, a de fazer o contato do corpo com o chão. Por isso: Descubra como escolher o pneu na hora de trocar.
Pneu novo ou recapado? Qual utilizar no caminhão
Na hora da troca, é normal o proprietário ficar em dúvida sobre comprar um pneu novo ou recapar o seu próprio pneu.
Essa escolha exige uma análise cuidadosa sobre as vantagens e desvantagens de cada opção.
Pneus novos
As vantagens dos pneus novos estão a maior durabilidade, já que toda estrutura do pneu é nova, diminuindo o risco de falhar durante sua utilização.
Isso também permite que esses pneus sejam fabricados com os compostos de alta tecnologia, oferecendo mais segurança, conforto e eficiência no desempenho e em alguns casos até no menor consumo de combustível.
Mantendo-se a calibragem adequada para a carga transportada, ganha-se em aderência ao asfalto e desempenho, além de reduzir o risco de o pneu novo apresentar falhas, fadigas, desgastes irregulares ou excessivos, impactando positivamente a segurança do caminhão e do ônibus.
Por outro lado, o pneu novo possui um custo inicial maior, o que pode representar a necessidade de um investimento mais significativo na sua troca.
Pneus recapados
Os pneus recapados, que passam por um processo de renovação, no qual a banda de rodagem desgastada é substituída por uma nova, sem afetar as demais estruturas do pneu, possuem desempenho semelhante ao pneu novo e são muito utilizados por caminhoneiros e motoristas de ônibus.
Esse modelo traz como principais vantagens o seu custo inicial reduzido quando comparado ao novo, o que, considerando a quantidade utilizada nos veículos pesados, especialmente para empresas de frotas, pode representar uma economia de custo considerável.
Pneus recapados ajudam o meio ambiente
No aspecto da sustentabilidade, essa opção tem um apelo importante, pois ao recapar um pneu, tem-se um impacto ambiental positivo, pois se deixa de descartar esse resíduo, que é reutilizado de forma segura e volta à ativa nas estradas, ampliando significativamente seu ciclo de vida e evitando o uso de novos recursos naturais.
A recapagem emprega apenas 25% do material utilizado na produção de um pneu novo, proporcionando a mesma durabilidade e gerando 75% de redução de matéria-prima.
Há economia de 57 litros de petróleo por pneu reformado, gerando uma economia total de 500 milhões de litros/ano.
Outra vantagem é que você pode realizar a recapagem mais de uma vez no mesmo pneu, dependendo das condições de uso.
Como nem todos os pneus podem ser recapados, especialmente os que sofreram danos excessivos ou desgastes, talvez essa não seja a opção válida.
Para Rodrigo Castilho, especialista técnico agrícola e pesado da DPaschoal, escolher o modelo mais adequado é o primeiro passo.
Depois ele indica entender as condições de rodagem: estradas, cargas, intensidade e estado de conservação dos outros pneus do veículo.
Por fim, recomenda levar o caminhão a um centro especializado em veículos pesados para entender se é o momento adequado para a troca.

Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha como repórter e editor no Portal Pé na Estrada.