terça-feira, dezembro 3, 2024

Projeto pretende recuperar pontos impactados pelas obras da BR-319

LegislaçãoProjeto pretende recuperar pontos impactados pelas obras da BR-319

Com o objetivo de recuperar pontos impactados pelas obras da BR-319, o Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, abriu licitação para escolher a empresa que vai elaborar o Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) da rodovia. O objetivo é tornar a rodovia um modelo mundial de preservação ambiental 

O projeto prevê ações de recuperação como o plantio de mais de 120 mil mudas, hidrossemeadura (técnica usada em restaurações ambientais que envolve a pulverização de uma mistura de sementes para um plantio mais rápido. Nas estradas, é utilizada na estabilização de encostas e taludes) em mais de 1 milhão de metros quadrados, a construção de diques para controle erosivo em mais de 1 mil metros quadrados, entre outras ações.

A BR-319

A rodovia possui mais de 800 km e é a única ligação rodoviária do Amazonas com Rondônia e o resto do Brasil. Conhecida também como Rodovia Manaus–Porto Velho, a BR-319 tem início no município de Manaus, capital do Amazonas, e finaliza em Porto Velho, capital de Rondônia.

Ponte precária na BR-319
Ponte precária na BR-319
Imagem: CNT

Após a inauguração em 1976, a BR-319 podia ser percorrida de Manaus a Porto Velho em cerca de 12 horas. Mas, por falta de manutenção regular da rodovia, tornou-se praticamente intrafegável a partir de 1988.

Ou seja, só funcionou plenamente durante 12 anos. Desde então, pelo fato da rodovia cortar um dos trechos de reserva ambiental na floresta amazônica, o asfalto foi retirado de maneira proposital.

Sem as obras na BR-319 e com a chegada das chuvas, a situação fica ainda pior e os atoleiros atrapalham bastante o percurso dos condutores. Algo que gera inúmeras discussões entre autoridades sobre as condições da estrada e quais ações devem ser tomadas para ocorrer melhorias nas pistas.

Governos anteriores alegaram que, pelo fato da rodovia exigir obras complexas, devido à delicadeza de abrir caminho na parte mais intocada da floresta, não foi possível avançar na intenção de executar algo semelhante ao que está previsto nesta licitação. 

O Pé na Estrada passou por lá e mostrou um pouco da situação. Veja no vídeo abaixo:

O processo de licitação

A ação atende às exigências do Ibama para a recuperação das áreas afetadas pelas obras na BR-319 e do ecossistema local. O edital para contratação da empresa por meio de pregão, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) de quarta-feira, 21/07.

Segundo o DNIT, responsável pela escolha da empresa, a licitação é feita por meio da modalidade pregão, e os interessados já podem enviar as propostas pelo site www.comprasnet.gov.br. A abertura das proposições recebidas será realizada no dia 2 de agosto de 2021, pelo mesmo site.

Veja Também: Tá rodando em Brasília – pedágio da BR-040, conclusão da BR-319 e debate com Petrobras

Os trabalhos na rodovia

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, reforçou o objetivo de aliar pavimentação asfáltica com sustentabilidade ambiental. “Os trabalhos na BR-319 estão sendo feitos para reforçar o compromisso deste governo da junção do desenvolvimento em infraestrutura com a proteção ao meio ambiente”, afirmou.

Na década de 1970, a rodovia chegou a ser completamente asfaltada, mas, atualmente, apenas dois trechos estão pavimentados: os primeiros 198 quilômetros e os 164 quilômetros finais. 

A BR-319 também contará com 20 passagens de fauna aéreas e 12 subterrâneas com cercas direcionadas para garantir a preservação dos animais que cruzam a rodovia. Recuperar a estrada é uma das grandes prioridades de investimentos na área de infraestrutura na Região Norte do Brasil. 

Por Daniel Santana adaptado com informações do Ministério da Infraestrutura

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