Já faz uma semana que motoristas estão de braços cruzados em diversos pontos do Brasil. Os protestos de caminhoneiros querem, principalmente, a queda do preço do diesel. Na noite desse domingo, dia 27 de maio, o governo propôs uma nova tentativa de acordo. Sobre o diesel, essa nova proposta fala em queda de R$ 0,46 por 60 dias e, após esse período, as mudanças de preço só poderão ocorrer a cada 30 dias.
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Muitas entidades entenderam que as propostas do domingo satisfazem as necessidades dos caminhoneiros, como a Abcam, que havia enviado carta ao governo anteriormente avisando sobre a possibilidade de parada e que também se retirou das negociações na quinta-feira por não concordar com o que era discutido (e foi fechado pelos representantes e ignorado pelos motoristas posteriormente). Mas mesmo com o apoio de uma das maiores cabeças do movimento, aparentemente a questão ainda não foi resolvida.
Ainda está parado?
![Greve_de_caminhoneiros_continua_pe](https://www.penaestrada.com.br/wp-content/uploads/2018/05/Greve_de_caminhoneiros_continua_pe.jpg)
Sim. Na maioria dos pontos, as mobilizações continuam, sem interromper estradas. Algumas instituições dizem que os trabalhos devem ir voltando aos poucos ao longo desta segunda-feira, já outros acreditam que nada está resolvido e as manifestações estão longe de acabar.
O que se quer?
Por ser um movimento difuso, não se sabe exatamente qual a pauta. Cada grupo pede um assunto diferente. Alguns ainda esperam a votação do Senado sobre o frete mínimo para dar a paralisação como encerrada. Mas muitosestão desviando o foco claro no diesel para pautas muito mais políticas, como a saída do presidente ou intervenção militar.
Cuidados necessários
![protestos_de_caminhoneiros_intervencao](https://www.penaestrada.com.br/wp-content/uploads/ninja-forms/6/IMG-20180524-WA0375-1024x576.jpg)
Como a maior parte das organizações anunciou o fim das greves, qualquer reivindicação a partir daqui terá muita dificuldade de ser ouvida e atendida. Mais uma suspeita é que outros movimentos tenham se infiltrado nas manifestações para inflar pautas políticas. O caminhoneiro precisa pensar em seus objetivos para não ser usado por outros setores.
E agora então?
Não se sabe. Como o governo demorou muito para agir, outros movimentos foram se somando, o que agravou a situação. Agora resta esperar as votações no Senado para ver se elas acalmarão os ânimos, ou se a mobilização continuará.
Por Paula Toco