As vendas totais de pneus registraram queda de 10,2% no primeiro quadrimestre deste ano em comparação com os quatro primeiros meses de 2023, saindo de 18,40 milhões para 16,52 milhões de unidades vendidas no período.
As vendas para montadoras (equipamento original) caíram 10,3% (passando de 4,47 milhões para 4,01 milhões de pneus), enquanto o mercado de reposição recuou 10,2% (de 13,93 milhões para 12,51 milhões). Os dados são do levantamento setorial divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP).
Vendas de pneus recua no quadrimestre de 2024
Apesar do recuo no conjunto, o desempenho foi positivo no quadrimestre para os pneus voltados aos veículos de carga, uma leve alta de 1,3% no comparativo com o período homólogo, saindo de 2,18 milhões de unidades vendidas para 2,21 milhões.
As comercializações para montadoras cresceram 15,7%, saltando de 528 mil para 611 mil. Já o mercado de reposição recuou 3,3%, sendo 1,65 milhão em 2023 ante 1,60 milhão de janeiro a abril deste ano.
Resultado superior ao primeiro trimestre de 2024
No primeiro trimestre a história não foi diferente. Enquanto o restante apresentou queda, o segmento de transportes foi o único com desempenho positivo.
Leve alta de 0,8% nas comercializações totais no comparativo com o mesmo período do ano anterior, saindo de 1,63 milhão de unidades vendidas para 1,65 milhão. As vendas para montadoras cresceram 11,3%, subindo de 401 mil para 446 mil. Já o mercado de reposição caiu 2,5%, sendo 1,23 milhão em 2023 ante 1,20 milhão de janeiro a março deste ano.
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Pneus importados é o desafio da indústria nacional
Em 2022, a importação de pneus no país cresceu 27% em relação ao ano anterior, com 478 toneladas importadas.
Os pneus importados devem estar homologados e certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para garantir sua conformidade com as normas brasileiras.
Em termos de impostos, há variações significativas dependendo do tipo de pneu: pneus para transporte de cargas têm imposto de importação zerado, enquanto pneus para carros de passeio têm uma taxa de 16%, e pneus para motocicletas, 14,4%. Além disso, há a incidência de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Cofins, e ICMS, que varia conforme o estado.
Por Rodrigo Samy, com informações da Anip
Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha com repórter e editor do Portal Pé na Estrada.