Na última segunda-feira, 25, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse ser a favor do fim da pesagem por eixo. O tema é uma reivindicação antiga de caminhoneiros autônomos e transportadoras.
A declaração foi feita no seminário virtual “O Futuro da Infraestrutura”, promovido pelo banco Santander.
“Está na hora de fazermos uma mudança e acabarmos com a pesagem por eixo, passando a pesar o peso bruto total [do veículo carregado com a carga]”, declara Tarcísio.
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Por quê?
“Eu era contra acabar com a pesagem por eixo porque, no fim das contas, as falhas em um pavimento são provocadas pela repetição da carga por eixo”, defende o ministro. Ele defende que há uma dificuldade operacional para fazer a pesagem por eixo e que, pesando o total, a variação por eixo é “tolerável”.
Com nova opinião sobre o assunto, Tarcísio agora defende que a pesagem total do veículo está alinhada com os planos de modernização do setor. Para a modernização do transporte, são pensadas medidas como o fim dos postos fiscais em rodovias e o uso de sensores eletrônicos que permitam a pesagem dos caminhões em movimento.
“Nosso projeto é substituir vários documentos de papel por um único, eletrônico, reunindo as informações sobre o que está sendo transportado, para onde, por quem, e se a questão fiscal está ok”, explica ele.
Caminhoneiros
A declaração do ministro foi bem recebida pelo presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José Fonseca Lopes. “As colocações do ministro são perfeitas. Já há muitos anos os caminhoneiros autônomos brigam por isto, porque este negócio de dividir o peso da carga por eixo é a coisa mais complicada do mundo”, diz Lopes a Agência Brasil.
“Para nós, o caminho sempre foi este, sinalizado pelo ministro. Infelizmente, quem dava as cartas eram as concessionárias de rodovias, que inventavam mil e uma coisas para botar as coisas sempre do jeito delas”, acrescenta o sindicalista. “Termos um documento único para a viagem é importantíssimo.”
Concessionárias
Já a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) descreveu a alteração do sistema de pesagem como um “retrocesso”.
“Não há como se obter o peso bruto total do caminhão ou mesmo a composição do veículo de carga com rapidez e eficiência a não ser pesando cada eixo para se obter o peso total”, argumenta a entidade em nota.
Para a ABCR, o que deveria ser revisto e adequado são os níveis de tolerância de precisão permitidos nas variações de aferição e homologação das balanças. A entidade afirma que estudos apontam que um caminhão com 20% de excesso de carga reduz em até metade o tempo de duração do pavimento.
Além disso, o excesso de peso aumenta o risco de acidentes, reduzindo a capacidade de frenagem do veículo e aumentando a possibilidade de tombamento em curvas – além de provocar desgaste prematuro de veículos pesados.
Adaptado de Agência Brasil
POR QUÊ NÃO PESA EIXO A EIXO E DEPOIS MULTIPLICA TODO O PESO, SÓ ENTÃO, ESTANDO ACIMA DO BRUTO TOTAL, APLICASSE AS MEDIDAS (MULTAS OU A DESCARGA DO EXCESSO) CARREGUEI UMA LOTAÇÃO EM SÃO PAULO E NA PRIMEIRA BALANÇA ESTAVA TUDO CERTO, NA SEGUNDA BALANÇA EM QUE PASSAMOS, JOGOU PRÁ DENTRO E DEU EXCESSO DE 120KG, ACIMA DA TOLERÂNCIA, SÓ QUE A CARRETA 3 EIXOS, ESTAVA COM 22,6 TONELADAS. MESMO COM AS NOTAS NA MÃO, DEPOIS DO CHÁ DE CADEIRA DE UMAS 2:00HS, FIZERAM A NOTIFICAÇÃO. POR MAIS QUE TENTEMOS, NEM SEMPRE CONSEGUIMOS ORGANIZAR UMA CARGA PRÁ FICAR CERTINHA, PRINCIPALMENTE PEÇAS DE MAQUINAS INDUSTRIAS DE TRATOR, ETC.
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