Nas últimas semanas, foi comemorado no dia 26 de janeiro, o Dia Mundial da Energia Limpa. A data foi criada para aumentar a conscientização da população sobre a importância das fontes renováveis na sociedade e no meio ambiente, além de mobilizar ações do mundo para uma transição justa para as energias limpas. Essa é a primeira vez que é celebrado o dia, proposto pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Aproveitando a celebração da data, o Pé Na Estrada resgatou os caminhões movidos a combustíveis limpos. Eles estão cada vez mais em pauta, demonstrando um foco maior das montadoras no incentivo e na aquisição de veículos menos poluentes.
A importância do Dia Mundial da Energia Limpa
Uma energia cada vez mais limpa contribui para o combate à poluição do ar, protege as comunidades dos efeitos das mudanças climáticas e atende à crescente demanda por eletricidade, podendo conectar bilhões de pessoas a fontes acessíveis de energia.
No cenário mundial, o Brasil tem uma posição privilegiada em termos de energias limpas e renováveis, com cerca de 50% de nossa matriz energética e 88% de nossa matriz elétrica sendo limpa e sustentável.
A energia limpa em caminhões
Em relação aos transportes, com a produção de caminhões mais sustentáveis, nos últimos anos, com destaque para a última edição da Fenatran em 2022, foram apresentados alguns modelos focados na descarbonização com destaque para a eletrificação e veículos movidos a GNV e hidrogênio.
Naquele momento, Volvo, Mercedes-Benz, Iveco, DAF e Volkswagen levaram caminhões movidos à bateria, mas a maioria sem previsão para comercialização no Brasil. Levantamos o cenário para os elétricos no país buscando entender se eletrificação é o futuro para transporte de carga no país.
Veja o que cada fabricante já apresentou nos últimos anos:
A Volvo anunciou em junho de 2023, o início dos testes do FM Electric no país. O veículo foi apresentado durante a Fenatran 2022 e já está sendo usado pela empresa Reiter Log.
A Daimler Trucks, empresa do grupo Mercedes-Benz, começou a produzir a primeira frota de caminhões GenH2 da Mercedes-Benz. O caminhão marca o início da propulsão por célula de combustível, com uma tecnologia que usa o gás hidrogênio para produzir corrente elétrica ao motor. Graças ao uso de hidrogênio líquido em vez do gasoso, que tem maior densidade energética, o desempenho do veículo promete se igualar ao de caminhões movidos a diesel.
Ainda seguindo a linha da descarbonização, a montadora também revelou em outubro de 2023 o eActros 600, com bateria que excede 600 kWh, e um novo eixo motriz elétrico, podendo permitir ao modelo atingir uma autonomia de 500 km sem a necessidade de recarga intermediária. O modelo está sendo produzido na linha de montagem da Mercedes-Benz em Wörth am Rhein, no sul da Alemanha. Ainda não há previsão para que o produto chegue em solo brasileiro.
A Iveco apresentou o e-Daily, que estava previsto para vendas em 2023, mas só chegará ao mercado no primeiro quadrimestre deste ano. O modelo elétrico atende ao chassi de van e furgão, com autonomia de 300 km. Para médias e longas distâncias, a Iveco aposta em caminhões movidos a GNV. A meta da empresa é oferecer veículos zero carbono até 2040 em todo o mundo.
O E-Delivery, versão média elétrica da Volkswagen, já está no mercado desde 2021. O primeiro caminhão 100% elétrico fabricado no Brasil conta com modelos na versão de 11 toneladas (4×2) ou 14 toneladas (6×2) e contam com módulos de 3 ou 6 baterias.
De acordo com a marca, foram mais de R$ 150 milhões em investimentos para trazer a novidade ao mercado com a promessa de assegurar a disponibilidade do veículo e de redução do custo operacional.
A Scania conta com caminhões movidos a GNV e Biometano. Os primeiros modelos do Scania R 410 6×2 movidos a gás foram entregues em 2020. Atualmente, a montadora conta parcerias e outras empresas para a comercialização de veículos movidos por energia limpa.
Por Daniel Santana
