A mobilidade anda ao lado da eletricidade, principalmente quando o assunto é transporte de pessoas. Durante três dias (6 a 8 de agosto) ocorre no São Paulo Expo, em São Paulo, a Lat.Bus 2024. 

Lat.Bus 2024 tem eletrificação para todos os gostos

E o assunto envolvendo energia limpa, não fugiu à regra. Na maior parte das exibições falou-se de baterias, recarga, autonomia, pacotes de alcance, peso e geração de energia.

É um cenário que começa a ser construído e que gerará frutos só em 2026, uma vez que as encomendas podem até serem feitas agora, mas com promessa de entrega na metade do próximo ano.

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De qualquer forma, em pranchetas ou protótipos, muita coisa legal foi apresentada. Uma série de boas intenções de tornar os corredores urbanos cada vez mais limpos.

Volvo mostra biarticulado na Lat.Bus 2024

A Volvo, por exemplo, apresentou o primeiro biarticulado 100% elétrico da marca. Projetado para receber carrocerias de até 28 metros para levar até 250 passageiros, o BZRT é o maior veículo elétrico do mundo.

Ele usa dois motores elétricos de 200 kW cada, totalizando 400 kW, o equivalente a 540 cv. Com capacidade para suportar 6 ou 8 baterias, o modelo tem 720 kWh e autonomia de até 250 quilômetros.

O tempo de recarga total varia entre 2 e 4 horas, dependendo do tipo da estação de carregamento.

Mercedes apresenta irmão maior do eO500U

Outra marca que surpreendeu com a apresentação de um eletrificado foi a Mercedes-Benz. A fabricante mostrou o irmão maior do eO500U, o eO500UA.

O veículo, produzido em São Bernardo do Campo (SP), deve circular em 2026, mas já pode ser encomendado. Protótipos do ônibus, com carroceria Caio, cumprirão um programa de testes no Brasil e Europa.

Vale dizer que o eO500U já é uma realidade na produção e nas vendas no País. A estimativa da marca é superar as 200 unidades até o final de 2024.

VW destaca chassi e-Volksbus

A Volkswagen Caminhões e Ônibus também ingressou na eletrificação no transporte de passageiros e apresentou o chassi e-Volksbus, modelo que está na etapa preliminar de rodagens no campo de provas.

A vocação é urbana e a viagem inaugural com passageiros teve como itinerário rotas dentro da própria fábrica.

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A Scania apresentou o K230E B4x2LB, o primeiro ônibus elétrico 100% da marca no país. O veículo tem autonomia entre 250 a 300 km, tração 4×2, vocação urbana, opções de quatro ou cinco pacotes de baterias. Um chassi do modelo, sem a carroceria, é o grande destaque da marca no estande, mas unidades já circulam na fábrica em São Bernardo do Campo.

Iveco apresenta ônibus GNV, elétrico e família eDaily

A Iveco revelou o chassi 17-E BEV, modelo com piso normal e suspensão metálica, com vocação urbana e tração 4×2.

Capacidade para comportar carrocerias de 9,6 a 12 metros de comprimento. O motor elétrico gera 145 kW e 1055 Nm contínuo. A autonomia é de até 250 km com o pack de 8 baterias. As vans elétricas eDaily também marcam presença no evento.

Volare surpreende com etanol híbrido 

A Volare também inovou. Apresentou o primeiro híbrido em série movido a etanol. A proposta fomenta o uso na agricultura, sugerindo que a própria matéria-prima seja a fonte de abastecimento do veículo, uma vez que o motor térmico 1.0 turbo é o responsável por carregar as baterias e elas, por sua vez, para funcionar o veículo.

A autonomia pode chegar a 450 km com três packs de baterias, que armazenam 122 kWh.

Outra novidade é da marca nacional é o Fly 12, modelo que cria uma nova categoria de veículos, batizado pela própria fabricante, de “super micro”.

Com comprimento total de 11.730 mm, largura de 2.480 mm e altura de 3.330 mm, o modelo tem a capacidade de transportar até 45 passageiros, além de motorista e auxiliar, com eficiência e dirigibilidade, com reduzidos custos de aquisição e operacionais. Na configuração escolar pode levar 64 estudantes, além de motorista e auxiliar.

Já a Irizar mostrou o i6S Efficient, modelo que promete 13% de redução nas emissões de poluentes quando comparado com o antecessor. Os motivos para o resultado benéfico foram justificados por conta do menor coeficiente aerodinâmico (30%).

A parte da frente do veículo e o teto foram modificados, e foram realizados trabalhos na curvatura do vidro do para-brisa e no restante dos vidros dianteiros para reduzir ao mínimo a resistência do ar.

Além disso, o ônibus usa câmeras digitais, dispensando o uso dos retrovisores, para proporcionar uma visão grande angular em qualquer condição climática. Outro trunfo da marca foi o ganho de uma tonelada, trocando o uso do tipo do aço e o reduzindo, mas sem perder a capacidade, o sistema de ar-condicionado.

Por Rodrigo Samy