Ministro afirma que é contra tabela, mas negociações devem sair na próxima semana

De acordo com o ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas, os primeiros acordos coletivos em relação ao piso mínimo devem ser fechados na próxima semana. O ministro disse na última quarta-feira, 31, ao Globonews, que é contra tabela de frete. Ele explicou também que as recentes negociações entre os setores envolvidos são uma tentativa de “descolar” a tabela aos poucos, o que segundo ele não deve ser feito de maneira abrupta.

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“O que nós propomos foi ao invés de ter a tabela, vamos fazer um estudo técnico para ver qual o custo do frete, que foi o estudo que a Esalq trouxe como referência, que está sendo mais ou menos aceita. Isso seria uma grande referência para o próximo passo, que é a negociação com o setor”, disse durante entrevista.

Apesar de ser contra tabela, o ministro afirma que os acordos coletivos podem criar uma cultura de livre negociação para o transporte de cargas, o que beneficiaria a categoria.

Desde a terça-feira, 30, Freitas tem se reunido com embarcadores, transportadores e caminhoneiros autônomos para tentar entrar em um acordo que favoreça todas as partes.

O ministro declarou ainda que, para ele, em uma economia de mercado, a criação de pisos mínimos para o transporte rodoviário não é boa e não faz sentido. “Acho que boa parte dos autônomos já percebem que o tabelamento foi um erro”, comentou.

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Próximas reuniões

A expectativa é que seja realizada uma reunião na terça-feira, 6, em Brasília, entre todos os envolvidos no tema.

Os transportadores trabalharam desde segunda-feira, 29 de julho, na elaboração de uma proposta com a previsão dos custos, percentuais de remuneração por categoria de carga e uma exigência específica: a obrigatoriedade de emissão do Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot) para todos. O texto foi entregue ao Ministério da Infraestrutura e apresentado aos embarcadores.

Segundo os caminhoneiros, uma minuta de acordo foi escrita na quarta-feira, 31, mas não houve consenso. Eles sugeriram mudanças e aguardam o posicionamento dos embarcadores. Na semana passada, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que a demanda sobre o Ciot perderia o sentido com os acordos coletivos.

O diretor da Associação dos Caminhoneiros do Sul Fluminense (Acasulf), Nelson de Carvalho Júnior, ressaltou a posição da categoria. Na prática, o documento traz o valor pelo qual o frete foi contratado e deve ser fiscalizado para garantir o cumprimento pelas partes.

 

Adaptado de Canal Rural

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