quinta-feira, novembro 21, 2024

Qualidade da malha rodoviária federal atinge maior nível desde 2016

RodoviasQualidade da malha rodoviária federal atinge maior nível desde 2016

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), as rodovias federais brasileiras começaram apresentar resultados significativos na qualidade da malha rodoviária.

Em maio, o Índice de Condição da Manutenção (ICM) em todo país bateu o recorde da melhor proporção de malha boa (70%) e menor proporção de malha péssima (12%) desde 2016.

Qualidade da malha atinge maior nível desde 2016

Para se ter ideia, em 2022, o ICM foi de 52% de malha boa e 23% de ruim e péssimo. O indicador é calculado mensalmente pelo DNIT a partir de levantamento de campo, buscando classificar cada segmento em quatro categorias: péssimo, ruim, regular ou bom.

Veja mais: Documentos necessários para transporte de cargas: Saiba quais são eles

Em 2023, a execução orçamentária chegou a R$ 14,5 bilhões, por meio de medidas como a Emenda Constitucional 126/2022. E em 2024 o governo pretende ampliar ainda mais os investimentos por meio dos leilões de concessões rodoviárias e otimização de contratos, entre outras ações.

O estado de São Paulo tem o melhor ICM

São Paulo é o estado que apresentou maior índice de melhora no ICM desde 2016. No mês de maio, o indicador bom foi de 93% e o ruim e péssimo ficou em 2%. Em 2016, 43% das rodovias paulistas foram consideradas boas e 32%, ruins.

Espírito Santo é outro destaque: no mês de maio, o indicador bom foi de 94% e o ruim e péssimo ficou em 1%. Em 2016, o ICM bom marcou 56% e o ruim e péssimo 12%.

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No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul chama atenção: o estado fechou maio com 85% do ICM bom e somente 1% ruim. Em 2016, esse indicador era de 53% e 25%, respectivamente.

Apesar de números positivos, há controvérsias

Vale dizer que a 26ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela CNT e pelo SEST SENAT em 2023 é o maior estudo sobre infraestrutura rodoviária no Brasil. O levantamento ano avaliou 111.502 quilômetros de rodovias pavimentadas, o que corresponde a 67.659 quilômetros da malha federal (BRs) e a 43.843 quilômetros dos principais trechos estaduais.

A Pesquisa identificou que, em 2023, a maioria das rodovias (56,8%) têm problemas no Pavimento, sendo 34,2% (38.206 quilômetros) classificadas como Regular; 16,8% (18.686 quilômetros), como Ruim; e 5,8% (6.415 quilômetros), como Péssimo. O Pavimento está Ótimo em 30,5% da extensão avaliada (34.087 quilômetros), enquanto 14.108 quilômetros (12,7%) foram avaliados como Bom.

Já o item sinalização apresenta problema em 63,4% (70.723 quilômetros) da extensão
avaliada, sendo classificada como Regular (41,1%), Ruim (11,9%) ou Péssimo (10,4%).
Já em 40.779 quilômetros (36,6%) é avaliada como Ótimo (11,9%) ou Bom (24,7%).

Com relação aos pontos críticos, foram identificados um total de 2.648. Destes, 1.803
ocorrências registradas foram de buraco grande; 504, erosão na pista; 207, quedas
de barreira; 67, pontes estreitas; 5, pontes caídas; e outras 62, situações atípicas.

Veja a meta do governo para a qualidade das rodovias em 2024 

Conforme o porta-voz do Ministério dos Transportes, rodovias em boas condições diminuem o custo de manutenção de veículos e, consequentemente, o custo Brasil. Por isso, a meta do governo é avançar ainda mais, em 80% da malha boa, atingindo o melhor nível de toda história do Brasil. 

Por Rodrigo Samy, com Ministério dos Transportes (matéria atualizada com informações da CNT)

Jornalista do Pé na Estrada, Rodrigo Samy

Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha com repórter e editor do Portal Pé na Estrada.

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