sexta-feira, março 29, 2024

Relembre: 5 veículos ultrapassados pela tecnologia

A cada dia, veículos se tornam mais seguros e modernos, desde caminhões à carros e motocicletas. O culpado dessa evolução é o avanço tecnológico, que por um lado melhora os modelos, mas por outro acaba tornando outros veículos ultrapassados e inviáveis para produção em montadoras.

Ao passo que novos veículos são lançados, outros modelos saem de linha por não comportarem as novas tecnologias necessárias para garantir a segurança dos passageiros. Você se lembra de algum veículo que “morreu” por causa da tecnologia? Nós listamos 5 deles a seguir:

 

Kombi

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O modelo foi idealizado pelo holandês Ben Pon na década de 1940. O termo “Kombi” vem da língua alemã e significa “veículo combinado” ou “combinação do espaço para carga e passeio”. Apesar de ser um na lista dos veículos ultrapassados, a kombi é um clássico no país.

Produzida no Brasil desde 1957, a Kombi leva para a história um recorde: foi o veículo de maior longevidade da indústria automobilística mundial. Mais de 1,5 milhão de unidades foram fabricadas desde então.

O veículo marcou gerações e se tornou um ícone dos anos 60, com a cultura hippie. O último país em que a Kombi parou de ser produzida foi o Brasil. O modelo parou de ser fabricado por aqui em 2013 devido duas resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran): 311 e 312. Elas obrigavam que todos os veículos fabricados a partir de 2014 tivessem sistema de freios ABS e airbag frontal.

O forte da Kombi foi também o que definiu sua morte: o veículo tinha mecânica simples, resistência e baixo custo de manutenção por ser construído em monobloco. Mas não comportava essas novas tecnologias de segurança e, por isso, teve sua produção descontinuada pela Wolkswagen. As informações são do Autoesporte e Doutor Multas.

 

Fusca

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Outro modelo icônico que morreu por causa da tecnologia, o Fusca foi lançado oficialmente em 1935 na Alemanha Nazista. Na época, Ferdinand Porsche foi reconhecido como o inventor do modelo. Entretanto, de acordo com o jornalista holandês Paul Schilperoord, que escreveu o livro “A Verdadeira História do Fusca”, o engenheiro judeu Josef Ganz foi o verdadeiro idealizador do veículo.

O que se sabe é que, na época, o próprio Adolf Hitler era a favor do desenvolvimento de um carro popular, compacto e econômico em terras alemãs. Anos mais tarde, em 1950, o Fusca chegou ao Brasil. O veículo era importado até que, em 1953, sua fabricação doméstica começou em São Paulo, onde a Volkswagen instalou sua primeira unidade – depois, a produção seria transferida para São Bernardo do Campo. As informações são do Jornal do Carro.

Foram fabricados cerca de 3,3 milhões de Fuscas no Brasil, aproximadamente 16% do volume mundial. Em 1986, começava o fim do modelo no Brasil: a Volkswagen anunciou o fim da linha Fusca por ser muito “um modelo muito obsoleto”, que não permitia atualizações significativas.

A empresa voltou atrás e voltou a produzir o carro em 1993, a pedido do presidente Itamar Franco, sucessor de Fernando Collor. Em 1996, o modelo saiu de linha de forma definitiva no Brasil e, no ano seguinte, a Wolkswagen lançou o New Beattle, uma versão atualizada (e bem mais cara) do Fusca. Por isso, apenas a versão antiga do modelo faz parte da nossa lista de veículos ultrapassados. As informações são do UOL.

 

Uno Mille

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O Fiat Uno chegou ao mercado brasileiro em 1984. O design geral era simples e coeso. Com sua grande área envidraçada, o Fiat Uno tinha um dos melhores aproveitamentos de espaço interno da categoria na época.

A primeira grande mudança do Fiat Uno veio no início dos anos 1990, e aqui chegamos ao Uno Mille. O então presidente Fernando Collor e a ministra Zélia Cardoso de Mello colocaram em prática uma nova lei que reduzia os impostos para veículos com motores de 800 a 1000 centímetros cúbicos de deslocamento, ou 0.8 a 1.0.

E como a Fiat não queria perder essa novidade, ela aproveitou um modelo já existente da marca, o Uno, e lançou no mercado o Uno Mille, que usava um motor de 994 cm³, 48 cavalos e 7,4 kgfm de torque para atender as novas normas do governo.

Ao longo de seus 30 anos de existência, o Uno teve diversas alterações. Em 2013, assim como a Kombi, o Uno Mille saiu de linha por causa das regras do Contran que obrigavam os veículos a terem freios ABS e airbag frontal. Uma vez que o modelo não comportava as exigências, foi descontinuado pela Fiat.

No mesmo ano, a montadora lançou a última linha do veículo, chamada de “Grazie Mille” que significa “muitíssimo obrigado” em italiano, fazendo referência ao legado deixado pelo veículo no Brasil. Foram 2.000 unidades fabricadas na última linha do Uno Mille, o terceiro na nossa lista de veículos ultrapassados. As informações são do Notícias Automotivas e Fiat.

 

Honda CG 125

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Lançada em 1976 como a 1º moto nacional da marca japonesa, a Honda CG 125 já foi a mais vendida do Brasil, posto que ocupou por décadas.

A CG 125 passou por inúmeras mudanças em sua história, desde o visual até a mecânica. O modelo lançada em 76 ficou conhecida como “bolinha” por causa de seu de seu inesquecível farol redondo.

A Honda também apostou em um farol quadrado posteriormente, mas acabou voltando ao visual redondo mais tarde.

O modelo somente saiu de linha em 2019 por causa da resolução 509 do Contran, que obriga motos a possírem freio ABS ou CBS. Desde 2016, a regra exige que 60% das motos fabricadas ou importadas para o Brasil possuam essa tecnologia.

Desde 1º de janeiro deste ano, a obrigatoriedade abrange 100% das motos fabricadas, o que fez a Honda encerrar as produções da CG 125, uma vez que a montadora preferiu não investir no sistema para este modelo. Foi assim que a Honda CG 125 entrou para nossa ranking de veículos ultrapassados. As informações são do Autoesporte.

 

F-4000

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Imagem: Diário do Motorista

O Ford F-4000 foi o moderno de caminhão mais vendido da história da Brasil e que passou por diversas gerações. Em toda a sua história de vida o modelo passou por quatro atualizações durante sua existência até 2009.

O Ford F-4000 foi lançado em 1975, com motor a gasolina, já que na época os caminhões deste porte eram movidos a gasolina. devido a crise do petróleo no mesmo ano a Ford introduziu o motor a Diesel MWM e foi um dos primeiros caminhões 3/4 com motor a diesel no Brasil. As informações são do Diário do Motorista.

Ao longo dos anos, o F-4000 teve mudanças significativas no design e na tecnologia, seguindo como um bruto popular e querido pelo público. O modelo saiu de linha devido à novas regras para adoção do Euro 5 no Brasil, que tornaram os veículos nacionais menos poluentes.

Para caminhões, a norma passou a valer em 2012. Após alguns anos, porém, a Ford resolveu relançar a linha F e F-4000 voltou repaginado e com versão 4×4. As informações são do R7.

Porém, em 2019, a Ford Caminhões anunciou que está encerrando as operações no Brasil e na América do Sul, descontinuando a produção dos veículos de carga por aqui, o que inclui o F-4000.

 

E você? Lembra de mais algum veículo que “morreu” por causa da tecnologia? Conte nos comentários!

 

Por Pietra Alcântara

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