As novas bombas de combustíveis antifraudes estão chegando nos postos e serão obrigatórias até 2029.
Recentemente, alguns postos de abastecimento foram alvos de investigações da Polícia Federal este ano, como reportado pelo Pé na Estrada.
Vale dizer também que a ANP passou por um corte de verba, impactando e dificultando as fiscalizações de adulteração de combustível.
No entanto, uma nova tecnologia vai permitir que o consumidor pague pela quantidade certa de gasolina, diesel ou etanol. O sistema utiliza criptografia na bomba, evitando fraude na medição do combustível.
Bomba criptografada seria a solução?
Os consumidores estão sujeitos a diversos tipos de fraudes na hora de abastecer. O mais comum é a adição de metanol na gasolina, em seguida, não computar a quantidade correta do combustível na hora do condutor pagar, ficando na maioria das vezes um volume menor do que o cobrado.
Existe também a sonegação de impostos do posto quando o pagamento em dinheiro é facilitado, desde que não haja a emissão da nota fiscal.
Uma nova modalidade de fraude em postos de combustíveis tem chamado a atenção das autoridades: a chamada fraude digital.
O esquema envolve a instalação de um chip na bomba, capaz de manipular eletronicamente o visor do equipamento. Assim, o consumidor acredita estar recebendo a quantidade exata de combustível solicitada, enquanto, na prática, o volume entregue é inferior ao registrado.
Especialistas alertam que, por se tratar de uma adulteração invisível aos olhos do cliente, a detecção exige fiscalização técnica rigorosa. A prática, além de lesar o consumidor, configura crime contra a ordem econômica e pode resultar em sanções severas aos responsáveis.
Entretanto, a medida da bomba antifraude, pensada principalmente para inibir golpes em postos usados pelo PCC na lavagem de dinheiro, promete entregar a quantidade certa de combustível que o consumidor paga.
Recentemente, o Pé na Estrada mostrou em uma matéria a estratégia da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em implantar uma série de medidas em função do bloqueio e contingenciamento orçamentários.
Esse corte no orçamento, dificultaria a fiscalização de adulteração nos combustíveis, principalmente agora com a chegada do B15 e do E30.
Bombas antifraude já estão disponíveis
Embora, as bombas de combustíveis antifraudes sejam substituídas gradualmente até o 2029, alguns postos já tem a criptografia e podem ser localizados.
O Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) lançou uma plataforma digital que permite ao consumidor localizar esses postos.
A plataforma permite que o usuário selecione seu município e encontre os postos com bombas antifraudes mais próximos. Elas seguem os requisitos do Regulamento Técnico Metrológico nº 227/2022, do Inmetro, que estabelece critérios para medição precisa e confiável de combustível.
“Acreditamos que, se o consumidor der preferência para essas bombas na hora de abastecer, o mercado vai trocar voluntariamente mais rápido”, explica o superintendente do Ipem-SP, Marcos Guerson.
Em São Paulo, essa tecnologia já está presente em 172 postos do estado (sendo apenas 15 na capital) com um total de 447 bombas instaladas.
Para acessar a plataforma, clique aqui. O Ipem-SP mostra onde as bombas estão disponíveis por município e como reconhecer uma.
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Filha de caminhoneiro, recém-formada em jornalismo, resolveu usar a comunicação para manter a classe bem informada e, com isso, formar novas gerações de motoristas profissionais cada vez melhores para o futuro do país.