Suspensa greve de caminhoneiros do dia 29

ManifestaçõesSuspensa greve de caminhoneiros do dia 29

Desde o mês de março, diversos grupos de caminhoneiros autônomos falavam em uma nova greve geral. O principal líder desse movimento era o paranaense Wanderlei Alves, mais conhecido como Dedéco. Descontente com o andamento e a velocidade das negociações em Brasília, Dedéco estava convocando motoristas para uma nova paralisação na próxima segunda-feira, dia 29. Entretanto, após reunião com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e outros líderes autônomos, ficou suspensa a greve.

Reivindicações

As reivindicações do grupo de Dedéco são as mesmas do restante do movimento: preço do diesel e valor do frete. Entretanto, os caminhoneiros cobraram do ministério da Infraestrutura a atualização da tabela da ANTT. Com o último aumento do diesel, o valor desde a publicação da última tabela, em 18 de janeiro, já subiu mais de 10%, o que deveria ter disparado um gatilho automático na ANTT para atualização.

Na reunião de ontem, ficou acertado que os novos valores seriam publicados ainda esta semana, mas ficou claro que se os caminhoneiros não fizerem pressão, a tabela não vai sofrer atualizações.

Outro pedido que foi aceito na reunião foi a isenção da multa de R$ 550,00 para os caminhoneiros que aceitarem o frete abaixo do piso. Agora, apenas as empresas arcam com a penalidade, que deve ser o dobro da diferença entre o frete devido e o frete pago.  Ou seja, o autônomo agora pode encaminhar a documentação do frete para a ANTT ou Ministério da Infraestrutura para fazer uma denúncia sem medo de também ser multado.

Até quando?

Segundo Dilmar Bueno, líder pela CNTA, as negociações têm prazo de dois meses, que seria o necessário para que a ANTT finalize as audiências públicas em andamento e analise as contribuições recebidas. Se, após esse prazo, o governo não caminhar com as fiscalizações e construção do preço mínimo, a categoria pode voltar a discutir uma paralisação.

Lideranças dissipadas

Uma das maiores questões para o governo é a dificuldade de encontrar as lideranças para negociar. Como a categoria é muito vasta, cada tipo de transporte e cada região tem seus próprios representantes. Entretanto, a reunião da segunda-feira conseguiu agradar, aparentemente, todas as lideranças presentes em Brasília.

Por Paula Toco

Jornalista Paula Toco sentada em banco do motorista de caminhão pesado

Jornalista especializada em transporte comercial há mais de 15 anos.
Repórter do programa Pé na Estrada na TV (hoje no SBT) e coapresentadora do programa no Rádio (hoje na Massa FM). Mais de 300 mil seguidores nas redes sociais (Instagram + Tik Tok) onde fala de segurança e legislação de trânsito. Autora do livro “E se eles sumirem?” e palestrante de segurança no trânsito.

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