32 caminhoneiros estão retidos na Venezuela, sem poder voltar para o Brasil

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32 caminhoneiros estão retidos na Venezuela sem ter como retornar para o Brasil. Isso acontece em razão do fechamento da fronteira entre Brasil e Venezuela, que foi determinado na última quinta-feira, 21.

O fechamento acontece para impedir a entrada de ajuda humanitária no país. Desde então, foram registrados conflitos em cidades venezuelanas e na linha de fronteira entre os dois países.

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Caminhões estão bem próximo à linha de fronteira que divide a Venezuela e o Brasil | Imagem: Arquivo pessoal

A informação sobre o grupo de caminhoneiros retidos na fronteira veio da Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Cargas do Norte (Coopertan). 22 desses caminhoneiros estão bem próximos à linha que divide os dois países, mas não podem entrar no Brasil porque a passagem é proibida para veículos e pedestres.

Todos são de empresas que fazem o transporte internacional de mercadorias e estavam no país quando Nicolás Maduro determinou o fechamento da fronteira para impedir a entrada da ajuda humanitária programada por Juan Guiadó, autoproclamado presidente interino.

 

Retidos na fronteira

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Imagem: Arquivo pessoal

Esses caminhões já tinham entregado a carga na Venezuela e retornavam ao país quando ocorreu o bloqueio. Somente ambulâncias tem passado pela Guarda Nacional Bolivariana.

“Está praticamente descartado que os caminhões cruzem a fronteira. Agora o que se negocia é liberar os caminhoneiros para que eles venham a pé pela BR 144″, disse Dirceu Lana, presidente da Coopertan.

Dirceu Lana afirmou que há idosos entre os caminhoneiros e que não seria viável retornar ao Brasil por rotas clandestinas. “Preferimos que passem pelas vias corretas”.

Os demais veículos estão em um depósito distante 9 km de Pacaraima, na fronteira. “Eles estão na armazenadora, um depósito onde ficam as carretas que chegam ou que saem”, disse, afirmando que o local fica próximo a uma base militar venezuelana.

Há ainda caminhoneiros que estão com suas esposas, o que dá ao menos 36 pessoas impedidas de saírem. O plano da Coopertan é negociar com a Guarda Venezuelana para que ao menos a passagem dos motoristas, sem os veículos, seja liberada.

“Nossa preocupação é com os motoristas, porque que os carros que estão na armazenadora [depósito] estão em segurança. Nosso maior problema são os caminhoneiros que estão com os carros vazios aqui na aduana [perto da fronteira]. Conversamos ontem com o general [da Guarda Venezuelana] para ver a possibilidade desses motoristas entrarem nem que seja a pé em Pacaraima”, disse.

 

Rotas clandestinas

A Coopertan disse que tem levado comida aos caminhoneiros que estão próximos da fronteira com ajuda de atravessadores – pessoas que conseguem transitar pelos dois países por rotas clandestinas. Os mesmos caminhos são usados por venezuelanos que se arriscam em fuga para o Brasil.

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Adaptado de G1

 

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