sexta-feira, novembro 22, 2024

Entenda o projeto que quer alterar a política de preços dos combustíveis da Petrobras

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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira, 7, o Projeto de Lei (PL) 1472/2021 que pretende alterar a política de preços dos combustíveis da Petrobras. O objetivo do programa é estabilizar o preço dos combustíveis através de subsídios para evitar aumentos recorrentes no preço do diesel e da gasolina, por exemplo.

Veja também: Após fala de Bolsonaro, Petrobras reafirma que não antecipa decisões de reajuste dos combustíveis

O autor da proposta é o senador Rogério Carvalho (PT-SE). O texto foi aprovado em forma de substitutivo, ou seja, quando há alteração na proposta original, pelo relator e senador Jean Paul Prates. O projeto segue para o Plenário do Senado, mas, se aceito, ainda precisar passar por votação na Câmara.

O que propõe o projeto que quer alterar a política de preços da Petrobras?

De acordo com o texto aprovado, haverá uma nova política de preços internos de venda a distribuidores e empresas comercializadoras de combustíveis. 

Para evitar sucessivas altas na bomba do combustível, o projeto quer criar um conjunto de possíveis fontes de recursos que servirão como subsídios. Assim, quando o valor do petróleo bruto aumentar no mercado internacional, as receitas obtidas por esses recursos manteriam o preço dos combustíveis estáveis no Brasil.

Dentre esses recursos, está um imposto de exportação sobre o petróleo bruto. O projeto estabelece alíquotas mínimas e máximas para o imposto, que varia de acordo com o preço do barril. O mínimo fica sendo de 2,5% e o máximo, 20%. A alíquota será zerada até o barril atingir US$ 45.

Outras fontes de recursos e instrumentos que podem ser utilizados, a critério do governo, são: Dividendos da Petrobras devidos à União, recursos de concessões e partilhas do petróleo e reservas cambiais do Banco Central.

A política de preços da Petrobras

Desde 2016, a Petrobras adota a política de preço de paridade de importação (PPI). Essa política acompanha a variação do valor do barril de petróleo nos mercados internacionais e a cotação do dólar. Por isso, os reajustes podem ser feitos a qualquer momento.

Especialistas criticam a política, colocando-a como principal responsável pelos aumentos dos preços dos combustíveis no País. Veja a opinião dos especialistas clicando aqui. Seguindo o PPI, o diesel, por exemplo, teve aumento de 49% no valor da bomba se comparado a novembro de 2020.

Medo do aumento de impostos e críticas ao governo

Apesar da aprovação do projeto pela CAE, alguns senadores demonstraram preocupação de que a proposta faça com que os impostos aumentem para a população:

“O projeto é válido, mas se o preço do petróleo está alto hoje e volátil, com o aumento da alíquota, o governo poderia abrir mão dos outros instrumentos e ficar só com o imposto e quem vai pagar é o consumidor”, ponderou Carlos Portinho (PL-RJ). 

Além disso, o senador Esperidião Amim (PP-SC) criticou à falta de comprometimento do governo em relação ao preço dos combustíveis.

“O mercado não se sensibiliza com a pessoa que está usando vela para esquentar o prato. O governo não pode ficar omisso. Eu sinto que até aqui o Congresso navegou, mas está faltando uma participação ativa do governo”, comentou Amim. 

 

Por Wellington Nascimento com informações de Agência Senado

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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