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Distribuidoras alegam restrição na oferta de diesel. Petrobras diz que está cumprindo suas obrigações

Desde o começo da semana que diversas distribuidoras de diesel alegam dificuldade com restrição na oferta de diesel. Segundo a Abicom, Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, a pouca oferta já é sentida em muitos estados. Por outro lado, a Petrobras afirma que não há nenhum problema em suas operações.

 

Onde já há restrição de diesel?

Segundo consultas da Abicom, os estados de Rondônia, Pará, Tocantins, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul já sinalizam dificuldades de abastecimento. Não é ainda uma falta de diesel, mas já é uma demora maior em conseguir repor estoques.

Caminhoneiros também enviaram relatos ao Pé na Estrada na Rádio Massa afirmando que estão enfrentando filas muito maiores que a média para carregar caminhões tanque de diesel.

 

A versão da Petrobras

Em nota, a Petrobras afirmou que “está cumprindo integralmente suas obrigações contratuais que assumiu junto às distribuidoras. Destaca-se ainda que, atualmente, o mercado brasileiro é atendido por diversos atores além da Petrobras (distribuidoras, importadores, refinadores, formuladores), que produzem e importam derivados com frequência e têm plena capacidade de atender demandas adicionais.”

Ou seja, segundo a empresa, ela não é responsável pela restrição atual.

 

Por que existe essa restrição?

Segundo a Abicom, o problema é a mudança de política de preços da Petrobras, que não tem mais a paridade internacional. Por conta disso, a estatal vem segurando o preço e não repassa o aumento do combustível no mercado externo. A diferença entre o diesel vendido no Brasil e fora daqui já estaria em R$ 1,29 por litro.

E por que isso afeta a distribuição? Porque a Petrobras, por seu porte, consegue segurar esses aumentos, mas não consegue atender toda a demanda interna pelo combustível. As importadoras atenderiam o restante da demanda, mas elas não conseguem manter o mesmo preço praticado pela Petrobras. Sendo assim, provavelmente, as distribuidoras optariam por esperar um pouco mais e comprariam o diesel mais barato da estatal. Logo, o combustível das importadoras ficaria parado. Com isso, não compensa para elas trazer esse combustível de fora.

A solução, segundo a Abicom, seria a volta da paridade internacional. Já a Petrobras não se mostra aberta a essa mudança, que geraria muita crítica da população, já que o preço dos combustíveis subiria.

 

Por Paula Toco

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