Fábrica da Mercedes-Benz passará por reestruturação com demissões e terceirização do setor de operações

A fábrica de chassis de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, vai passar por algumas restruturações. A medida inclui a demissão de 35% do quadro de funcionários da parte operacional e terceirização desse setor. 

Demissões e terceirização na Mercedes-Benz

O motivo da restruturação, segundo a empresa, é a sustentabilidade dos negócios da Mercedes-Benz Caminhões e Ônibus a longo prazo no Brasil. A fabricante atribuiu a decisão à pressão de custo e transformação da indústria automobilística. Por esta razão, a empresa pretende focar na fabricação de chassis de caminhões e ônibus e desenvolvimento de novas tecnologias e terceirizar as áreas de produção de componentes dianteiros e transmissão média, serviços de logísticas, manutenção e ferramentaria. 

A estratégia vai acarretar em 2.200 demissões de trabalhadores da parte operacional e a não renovação de contrato de cerca de 1.400 funcionários a partir de dezembro deste ano. Isso representa 35% do total de prestadores de serviço da Mercedes-Benz e 60% das áreas diretamente atingidas. 

Negociações entre Sindicato e Mercedes-Benz

Na terça-feira, o presidente da Mercedes-Benz, Achim Puchert, e outros representantes da empresa foram à sede Sindicato dos Metalúrgicos do ABC conversar sobre o processo de negociação relativo às demissões. Hoje, 8 de setembro, o Sindicato fará uma assembleia às 14h para discutir os planos de reestruturação da Mercedes-Benz. 

Em abril a Mercedes chegou a fazer suspensão temporária da produção nas fabricas de São Bernardo do Campo e Juiz de Fora, Minas Gerais, em decorrência da falta de semicondutores no mercado global. Um problema proveniente da pandemia por Covid-19, que se acentuou com a guerra entre Rússia e Ucrânia

Terceirização na linha de montagem

A prática de terceirizar parte da linha de montagem não é novidade no mercado de caminhões. A Volkwagen já adota esta estratégia há muitos anos. Inclusive, os fornecedores atuam diretamente na linha de produção dentro da planta da montadora na fábrica de Resende, Rio de Janeiro.

Por Jacqueline Maria da Silva com informações da Folha de São Paulo e Diário do Transporte.

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