segunda-feira, abril 29, 2024

Marca que atua com a Jac Motors traz micro-ônibus elétrico

A Ankai, representada pelo o grupo SHC, que atua com a Jac Motors, lançou uma família de ônibus elétricos no Brasil. A linha de coletivos 100% elétricos conta com veículos 8 m (mini), 10 m (midi) e 12 m (urbano). Há também uma versão micro-ônibus de 6 metros. 

A marca chinesa também tem disponíveis para encomendas versões com 13 m (Padron), 15 m (Básico), 18 m (Articulado) e dois andares (Double Decker) para as grandes cidades. Toda a linha, desenvolvida para uso urbano, tem zero emissão de CO² e traz mais segurança para o sistema de alta tensão do veículo.

 

Ônibus elétricos para pequenas, médias e grandes cidades

Ônibus elétricos feitos para as grandes cidades já existem muitos, como é o caso do eO500U da Mercedes Benz. Mas pensar nas médias e nas pequenas cidades foi um dos diferenciais da marca chinesa. Os modelos são equipados com bateria de íon-lítio, da CATL, motores elétricos da Dana com acionamento síncrono de ímã permanente. Vejamos os diferenciais nos modelos apresentados pela Ankai:

OE-6 – 190 kW (258 cv) de potência e 1.900 Nm (193,9 kgfm) de torque máximo. A bateria pode ser oferecida de 141 kWh a 210 kWh de capacidade máxima de carga.

Marca que atua com a Jac Motors traz micro-ônibus elétrico
Imagem: PNE / EO-6 / Ônibus életrico

OE-8 – 200 kW (272 cv) de potência e 2.500 Nm (255,1 kgfm) de torque máximo. A bateria pode ser oferecida de 210,6 kWh a 282 kWh de capacidade máxima de carga.

Marca que atua com a Jac Motors traz micro-ônibus elétrico
Imagem: PNE / OE-8 / Ônibus elétrico

OE-10 – 245 kW (333 cv) de potência e 3.329 Nm (339,7 kgfm) de torque máximo. A bateria pode ser oferecida de 281,9 kWh a 338,4 kWh de capacidade máxima de carga.

Marca que atua com a Jac Motors traz micro-ônibus elétrico
Imagem: PNE / OE-10 / Ônibus életrico

OE-12 – 245 kW (333 cv) de potência e 3.329 Nm (339,7 kgfm) de torque máximo. A bateria pode ser oferecida de 300,8 kWh a 422,9 kWh de capacidade máxima de carga.

Marca que atua com a Jac Motors traz micro-ônibus elétrico
Imagem: PNE / OE-12 / Ônibus életrico

Além dos motores Dana, os modelos da Ankai contam com fornecedores globais em vários outros sistemas. A caixa de direção eletro-hidráulica é da Bosch, o sistema de ar-condicionado de série é da Valeo e da Songz e módulo de ABS e a suspensão são da Wabco.

 

Os elétricos podem ser mais econômicos que o motor a combustão? 

A eletrificação está chegando como uma solução sustentável para as grandes cidades do Brasil, como São Paulo, e também como um compromisso das empresas na redução de gás carbônico. Mas qual o impacto e quanto pode custar essa mudança de frota, comparado ao que temos hoje? 

Bom, um ônibus movido a diesel que rode, hoje, 60.000 km por ano, emite cerca de 60 toneladas de CO² no período. Segundo Sergio Habib, presidente do Grupo SHC e da Ankai do Brasil, são cerca de 1.200 toneladas emitidas por apenas um veículo a diesel em seu período de vida útil, ao redor de 20 anos. Para ele, a introdução dos ônibus elétricos nas frotas urbanas vai diminuir imediatamente essa gigantesca emissão de carbono.

 

Economia por quilômetro rodado

Eles são extremamente econômicos também no custo por km rodado. Cada um dos modelos pode ter sua autonomia customizada, de acordo com a necessidade de operador, variando entre 250 km e 350 km. Considerando a quilometragem diária de 200 km, que é a distância percorrida em média pelos ônibus urbanos no Brasil, apenas para efeito de cálculo, cada recarregamento vai exigir por volta de 240 kWh (modelo OE-12). Isso vai dispender um total de R$ 156 diários (R$ 47 mil ao ano), considerando o custo médio de R$ 0,65 por kWh no Estado de São Paulo. 

Veja agora o que acontece num ônibus urbano de mesmo porte: para rodar os mesmos 200 km, ele precisará, no mínimo, de 80 litros de combustível. Ao preço médio de R$ 6,00, essa conta saltará para R$ 480 (R$ 144 mil). Na prática, o modelo elétrico da marca oferece uma economia de cerca de R$ 100 mil por ano frente aos modelos similares a combustão, sem contar o custo de manutenção, que é de cerca de metade do que se gasta atualmente.

 

E quanto à segurança, o que podemos encontrar?

Quando se fala de elétricos, muitos ainda se preocupam no avanço à segurança e o que as marcas podem entregar nesse sistema para proteger os usuários da alta tensão em um acidente, por exemplo.

Nessa questão, segundo a Ankai, as baterias são instaladas em locais completamente isolados do compartimento de passageiros (nas laterais ou no teto). E apresentou os seguintes dispositivos:

  • As baterias são enclausuradas em um berço à prova de fogo e que possui efeito retardante de chamas. 
  • Sistema de detecção de fumaça e alarme de transmissão sem fio. 
  • Sistema eletrônico de proteção contra sobrecorrente, sobretensão, sobrecarga e descarga excessiva da bateria.
  • Sistema de desbloqueio e desencaixe rápido do compartimento da bateria.
  • Sistema de disparo automático dos extintores de incêndio.

 

Recursos de segurança

Já o sistema de alta tensão do veículo, composto por módulos, chicotes, cabos de energia e dispositivos eletrônicos, atua com o seu respectivo sistema de segurança, que conta com seis recursos:

1) Atuação de fusível específico para prevenir sobrecorrente de alta tensão.

2) Sistema de proteção de segurança de ligação fumaça-fogo nas baterias.

3) Comutação automática on-off de sobrecorrente de alta tensão.

4) Duplo sistema de segurança na distribuição de energia de alta tensão.

5) Proteção de segurança ativa com detecção de vários níveis e isolamento.

6) Proteção automática contra sobrecorrente e sobretensão do sistema de energia.

Além disso, o veículo possui um módulo de controle que, em caso de sobrecarga no carregamento, se “comunica” com o sistema de gerenciamento de bateria para restringir a carga. Durante essa etapa de recarga, o sistema monitora em tempo real as informações do sensor de temperatura na conexão do plugue de carregamento. 

Outros dispositivos de segurança podemos encontrar, como o ADAS, que é um sistema de apoio que detecta a presença do pedestre à frente do veículo. E também recursos de detecção de mudança involuntária de faixa de rolamento, que pode indicar sonolência ou distração do condutor. Em ambos os casos, o sistema emite uma sirene contínua e também exibe um sinal de alerta ao motorista.

Veja também: Caminhões elétricos pesados iniciam testes de campo

 

Por Thaís Corrêa com informações do Grupo SHC / JAC Motors Brasil

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