terça-feira, abril 30, 2024

Suzantur compra 150 ônibus pelo programa de renovação de frota do Governo Federal

O Governo Federal pensou na Medida Provisória 1175 como uma forma de aquecer o mercado automobilístico. No entanto, para veículos pesados ela tomou outro rumo e virou uma forma de colocar em prática o projeto de renovação de frota. Agora, mais de um mês depois, acontece a primeira grande comercialização de veículos pesados decorrente dessa Medida. A Suzantur comprou 150 ônibus por meio do programa de renovação de frota.

A empresa fez o anúncio nesta sexta-feira, 14, na fábrica da Mercedes-Benz, isso porque dos 150 veículos, 110 são da marca alemã, sendo 90 modelos urbanos OF 1721 para a Suzantur e 20 rodoviários O 500 RSD para a Viação Itapemirim, empresas do mesmo grupo. Um dos ônibus que irão para sucateamento estava exposto no local. A empresa ainda comprou mais 20 ônibus rodoviários da Volvo e outros 20 da Scania. Todos encarroçados pela Marcopolo.

James Bellini, CEO da Suzantur, afirmou que o plano da empresa era renovar apenas 60 veículos, mas, por conta da Medida Provisória, aumentou esse número para 150. 

 

Caminhões e o programa de renovação de frota

A Mercedes-Benz aproveitou a solenidade para anunciar a venda também de caminhões pelo mesmo projeto de renovação de frota. São 6 modelos extrapesados para a empresa capixaba Carga Pesada Engenharia e Transportes: 5 Axor e 1 Actros. Um Mercedes 1316 da década de 1970 que será destinado a sucateamento em uma dessas vendas também estava em exposição.

Programa de renovação de frota para caminhões e ônibus . Foto mostra veículos a serem sucateados e veículos novos

Como está o projeto?

Para carros a Medida Provisória funcionou muito bem. No entanto, como para veículos pesados existe a exigência de sucateamento de um veículo de 20 anos ou mais, o projeto ainda não deslanchou.

No evento de hoje, que contou com a presença do Vice-Presidente da República, Geraldo Alckmin, e outros políticos, o Vice-Presidente da Mercedes-Benz, Roberto Leoncini, destacou que o processo é mais lento nesse segmento, mas que acredita que ele vai acontecer, e mais, que ele deveria virar lei e ser permanente.

O pedido de Leoncini pode ter respaldo, já que Geraldo Alckmin afirmou aos jornalistas que o programa realmente era pontual para carros, mas o governo está estudando fazer algo permanente para caminhões e ônibus. 

Segundo números oficiais, nem 20% dos R$ 700 milhões destinados a caminhões e 40% dos R$ 300 milhões destinados a ônibus foram usados até agora. O governo ainda publicou uma outra Medida Provisória aumentando os impostos federais sobre o diesel para bancar o programa.

Por Paula Toco

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